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20 de Maio a 12 de Setembro de 2008 no Museu do Livro e na Sala de Exposições | Entrada livre
EXPOSIÇÃO
Tesouros Brasileiros
A Biblioteca Nacional de Portugal decidiu, por ocasião do Bicentenário da transferência da Família Real e da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro, organizar uma mostra de alguns dos Tesouros Brasileiros provenientes das suas opulentas colecções de manuscritos, impressos raros, iconografia e cartografia, bem como da Biblioteca da Ajuda.
A selecção das obras destinadas a figurar nesta exposição, que abrange a época situada entre o século XVI e 1808, pretende apresentar algumas das mais valiosas espécies, organizadas de forma temática. É conferida particular atenção à Cartografia, uma vez que esta disciplina foi absolutamente fundamental na construção da imagem do vasto território brasílico, tendo constituído um instrumento fundamental para a delimitação de fronteiras entre os domínios portugueses e os de outras potências, particularmente Espanha e França. Trata-se, ademais, de atlas, códices ou séries cartográficas ricamente iluminadas e que constituem peças raras e de grande beleza.
É conferida relevância à primeira obra impressa em Portugal exclusivamente dedicada ao Brasil (1576), bem como aos tratados descritivos que precederam a publicação da História da Província Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil, da autoria de Pêro Magalhães Gândavo.
Um significativo conjunto de catecismos e «artes da língua» quer do Tupi-Guarani (vulgarmente designado por «língua da terra») quer do Kariri, da autoria de religiosos portugueses e estrangeiros (António de Araújo, Luís Figueira, Luís Vicente Mamiani, entre outros), ilustra a importância que os missionários atribuíam à aprendizagem das línguas indígenas como instrumento essencial para a evangelização.
É possível observar obras referentes aos conflitos com a França e as Províncias Unidas e, também, às disputas com Espanha pela fixação das fronteiras em que sobressai, como pomo de discórdia, a bacia platina, em particular a Colónia do Sacramento e região envolvente (actual Uruguai).
O visitante poderá, também, apreciar um significativo conjunto de plantas de fortificações, projectos de arquitectura civil, modelos de fardamento de unidades militares e obras manuscritas sobre História Natural, todas ricamente iluminadas.
Esta mostra permitirá admirar algumas das mais belas espécies bibliográficas sobre o Brasil existentes no nosso país, inspiradas nos mais diversos aspectos da natureza e da história brasileiras.
EXPOSIÇÃO
A América Portuguesa
Esta exposição tem por finalidade chamar a atenção do público para alguns dos mais relevantes aspectos da História do Brasil no período compreendido entre o povoamento e 1808. Organizada em sete núcleos, aborda, a partir das espécies pertencentes às colecções da BNP e da Biblioteca da Ajuda, bem como de artefactos indígenas oriundos do Museu Nacional de Etnologia, vários temas fundamentais da época em causa. Salienta o processo de ocupação do território por diversos grupos de povoadores que deram origem à formação das sociedades ameríndias e, ainda, o Achamento e os primeiros contactos entabulados entre os seus habitantes (pertencentes à família Tupi-Guarani, uma das sete que constituía o Tronco Macro-Tupi) e os portugueses.
Realça as consequências do início do processo de colonização (1534) que se encontra na génese dos seculares conflitos com a «Gente da Terra», nomeadamente pela disputa do território, pelas repetidas tentativas de utilização forçada da mão-de-obra masculina indígena em trabalhos agrícolas e, também, pelas interferências no modo de vida, na organização social e no sistema de crenças das populações brasílicas, contendas que estiveram na origem do recurso à importação, em larga escala, de escravos africanos.
Analisa as lutas duramente travadas por Portugal com duas potências europeias que tentaram persistentemente ocupar parcelas da América Portuguesa: França e Províncias Unidas, além de referir as disputas fronteiriças com Espanha (sobretudo na bacia platina).
Destaca algumas das principais actividades económicas que conformaram o Brasil Colónia, com especial destaque para a cultura da cana sacarina e a produção de açúcar, que predominaram nos séculos XVI e XVII, e as actividades extractivas, em que o ouro e os diamantes assumiram uma função de grande relevo (século XVIII).
Estas foram, nomeadamente, complementadas pela produção de tabaco, algodão e criação de gado, referindo-se, ainda, a organização do comércio em larga escala, função desempenhada por companhias majestáticas.
Sublinhaa importância da missionação quer na aculturação das populações indígenas, quer na vertente educativa (com a elaboração de cartinhas e gramáticas) quer de catequização, iniciativas em que se destacaram, sobretudo, duas das congregações religiosas: Jesuítas e Franciscanos.
Refere a produção cultural e científica do período, destacando os estudos sobre a história natural e os aspectos médicos e, no campo das letras, a produção historiográfica e literária.
O sétimo e último núcleo, ilustra algumas das consequências da partida da Corte para o Brasil e a sua fixação, entre 1808 e 1821, no Rio de Janeiro, que funcionou, ao longo desses anos, como o centro do Império Português.
Horário
de visita à Exposição: |
Dias úteis:
10h - 19h
Sábados: 10h -17h
Encerra domingos e feriados
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