Biblioteca Nacional de Portugal
Campo Grande, 83 1749-081 Lisboa
Portugal
Tel. 21 798 20 00
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História
O Alvará régio de 29 de fevereiro de 1796 fundou a Real Biblioteca Pública da Corte, a mais antiga antecessora formal da BNP. A primitiva instituição recebeu, como núcleo original, a Biblioteca da Real Mesa Censória, criada em 1768. O referido diploma conferiu-lhe a natureza de Biblioteca Pública, tendo a mesma sido instalada no Torreão Ocidental da Praça do Comércio (Terreiro do Paço).
Durante a primeira fase da sua existência, a Real Biblioteca beneficiou, além das dotações do orçamento régio, de doações privadas e de obras entradas por via da aplicação da primeira lei de depósito legal (1805), que tornou extensiva às tipografias a obrigatoriedade de depositarem um exemplar de todas as obras que imprimissem.
Com a vitória dos liberais e a extinção das ordens religiosas (1834), a Instituição foi transformada em Biblioteca Nacional de Lisboa, incorporando no seu acervo, por determinação oficial, a totalidade ou parcelas das livrarias de numerosos mosteiros e conventos. O afluxo de grandes coleções tornou imprescindível a sua transferência para um local mais espaçoso, tendo a escolha recaído no Convento de S. Francisco.
Durante os mais de 130 anos em que funcionou no Chiado, a BNL conheceu épocas de modernização e enriquecimento, bem como períodos sombrios e letárgicos. Devem salientar-se os esforços desenvolvidos no séc. XIX para absorver as coleções dos extintos estabelecimentos religiosos, organizar exposições bibliográficas e publicar catálogos de diversas coleções.
Na sequência da proclamação da República (1910) ocorreu um novo surto de incorporação de livrarias de congregações religiosas extintas. No período de 1920-1926, a Instituição conheceu uma fase de grande atualização biblioteconómica e de florescimento cultural promovido pelo chamado Grupo da Biblioteca.
O crescimento das coleções e a necessidade de condições de conservação adequadas ao rico espólio à sua guarda tornaram imperiosa a construção de um edifício de raiz destinado a instalar condignamente a maior coleção bibliográfica portuguesa. Com projeto do arquiteto Porfírio Pardal Monteiro, as obras iniciaram-se em 1958, tendo a transferência para o edifício do Campo Grande ocorrido em 1969.
Na década de oitenta iniciou-se o processo de informatização da Biblioteca, concomitante com o projeto mais alargado de apoio às bibliotecas portuguesas nessa matéria, de que resultou a criação da Base Nacional de Dados Bibliográficos – PORBASE. A par da adaptação à evolução tecnológica, a Instituição continuou a enriquecer as suas coleções – com destaque para a criação de um Arquivo de Espólios –, tendo, também, desenvolvido significativas iniciativas nas áreas da normalização biblioteconómica, da preservação e conservação e das atividades culturais.
No início do presente século, a Instituição acompanhou a tendência internacional para a digitalização de fundos, tendo criado a Biblioteca Nacional Digital (BND) que se encontra em permanente crescimento e em articulação com instituições europeias.
Com mais de 200 anos, a BNP iniciou, em 2007, um processo de reestruturação que visa contribuir para o enriquecimento e divulgação do património bibliográfico nacional, bem como para modernizar, racionalizar e incrementar o seu funcionamento com vista a servir o público, a comunidade profissional, e os editores e livreiros.
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