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Leitores de Mapas: dois séculos de História da Cartografia em Portugal na Livraria Online


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Leitores de Mapas: dois séculos de História da Cartografia em Portugal
EXPOSIÇÃO | 11 Setembro - 15 Outubro | Sala de Exposições - Piso 3 | Entrada livre
![Pormenor de: [Carta do Atlântico Norte] / Atribuída a Lopo Homem [ca 1550]. Fot. Duarte Belo mapas_dg079962](/images/stories/agenda/2012/mapas_dg079962.jpg) Organizada no âmbito do IV Simpósio Ibero-Americano de História da Cartografia a exposição apresenta uma ampla retrospectiva sobre os estudos de cartografia antiga realizados em Portugal ao longo dos últimos duzentos anos. É revisitada a obra produzida no domínio da história da cartografia por mais de uma dezena de investigadores portugueses, entre os quais sobressaem os nomes do 2.º visconde de Santarém, Duarte Leite, Abel Fontoura da Costa, Jaime e Armando Cortesão, Luís de Albuquerque e Avelino Teixeira da Mota.
Foram seleccionadas cerca de 80 peças pertencentes aos diversos fundos da BNP, incluindo livros, artigos, manuscritos autógrafos, fotografias, gravuras, atlas e mapas. A exposição ilustra os progressos de um campo do saber ao qual Portugal esteve associado desde a sua génese, nas primeiras décadas do século XIX. Encontra-se organizada em quatro núcleos, correspondentes a períodos definidos por contextos culturais, científicos e político-diplomáticos específicos.
O primeiro núcleo, intitulado O século do visconde, está centrado na extensa série de estudos preparados a partir da década de 1840 pelo diplomata Manuel Francisco de Barros e Sousa, 2.º visconde de Santarém, os quais deram um horizonte disciplinar à própria história da cartografia. O segundo painel estrutura-se em torno do círculo da náutica, designação escolhida para o período de transição do século XIX para o século XX, quando o projecto português para a história da cartografia foi relançado por um grupo de oficiais da Armada que ambicionaram construir um conhecimento científico dos territórios coloniais. Ernesto de Vasconcelos, Fontoura da Costa, Gago Coutinho e Teixeira da Mota revêem-se neste projecto, ao qual a Universidade de Coimbra também aparece associada através de Luciano Pereira da Silva, Duarte Leite e Armando Cortesão.
O terceiro período tratado ilustra a longa permanência de Jaime Cortesão no Brasil, entre 1940 e 1957, determinada por motivos políticos. Designado O exílio do cartólogo, destaca-se aqui a série de cursos sobre história da cartografia política brasileira que Jaime Cortesão leccionou no Ministério das Relações Exteriores do Brasil entre 1944 e 1950. Estes cursos abriram novas perspectivas ao estudo integrado dos mapas e da formação do território brasileiro e representaram a primeira experiência formal de ensino da história da cartografia no mundo. No último painel, chamado Afirmação de uma ciência, tratam-se articuladamente três nomes que deixaram uma marca profunda nos estudos sobre história da cartografia em Portugal na segunda metade do século XX: Armando Cortesão, Avelino Teixeira da Mota e Luís de Albuquerque. Tal como a exposição torna patente, a colaboração entre estes três autores foi decisiva para a maturação de uma consciência epistemológica para esta disciplina iniciada na transição do século XVIII para o século XIX em torno da arte de ler os velhos mapas.
Comissariado científico da exposição:
Francisco Roque de Oliveira (coordenação geral da exposição) | Centro de Estudos Geográficos, Univ. de Lisboa Miguel Rodrigues Lourenço | Centro de História de Além-Mar, Univ. Nova de Lisboa Maria Joaquina Feijão | Biblioteca Nacional de Portugal
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