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Família do General Vassallo e Silva doa à BNP documentos do último Governador-Geral do Estado Português da Índia


vassalo_silvaA família do último Governador-Geral do Estado Português da Índia formalizou a doação à BNP, no dia 15 de Dezembro  de 2011, em cerimónia presidida pelo Ministro da Defesa, um importante conjunto de documentos sobre a invasão de Goa, Damão e Diu, que aquele militar conservou na sua posse e que lhe serviram, pelo menos parte, para a elaboração do relatório final, de que também se inclui o exemplar do próprio Governador-Geral.


Trata-se de documentos essencialmente produzidos nos dias anteriores a 18 de Dezembro de 1961, no momento das operações, e no período em que o General  Vassallo e Silva esteve prisioneiro, na União Indiana. Fazem parte deste acervo relatórios e cartas também produzidos pelos comandantes  das praças de Damão e de Diu, e de diversas unidades, além de correspondência pessoal de militares, que estavam nos diversos campos de prisioneiros, para o seu comandante.


Manuel António Vassallo e Silva, natural de Torres Novas, engenheiro pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, bacharel em Matemáticas e com estudos preparatórios de engenharia militar, entrou para a Escola do Exército em 1922. Foi oficial-general, arma de Engenharia, brigadeiro à data da nomeação como Governador-Geral do Estado Português da Índia, onde chegou em Dezembro de 1958, tendo sido nomeado general em 1960.

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Em Dezembro de 1961, quando se deu a invasão de Goa pela União Indiana, a quase ausência de meios de defesa forçou Vassallo e Silva a uma  rendição incondicional, desobedecendo a Salazar mas salvando a vida a milhares de portugueses, militares e civis. Após um período como prisioneiros das autoridades indianas, os militares regressaram a Lisboa onde o general foi demitido, após a apresentação do relatório dos acontecimentos. Foi reintegrado nas Forças Armadas após o 25 de Abril de 1974.


A documentação  agora entregue à BNP, que será integrada no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea, poderá  trazer  nova luz aos acontecimentos dramáticos que marcaram o final de 1961, na Índia e em Portugal.