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Encontro com...
Hélia Correia
SESSÃO | 13 Abril 2010 | 17h30 | Auditório BNP | Entrada livre

Dando continuidade ao programa Encontro com…, organizado pela Biblioteca Nacional de Portugal e pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, a edição do primeiro trimestre de 2010 centra-se na personalidade e na obra de Hélia Correia. A sessão conta com a presença da escritora e as intervenções de Ernesto Rodrigues e de Isabel Fernandes.
A estreia de Hélia Correia no mundo literário ocorreu em verso e ainda na sua adolescência. Colaborações posteriores (inclusive em Poesia 71) denunciaram, contudo, um percurso eclético.
Tendo optado, profissionalmente, pela docência, a formação românica e a clássica também determinou uma escrita que ficciona, compõe, ensaia, traduz ou dramatiza sem nunca delegar um dizer melódico (“A poesia há-de estar sempre presente, porque há quase uma submissão minha ao poder da palavra” ou a “visões e visitas de frases musicais”), consumado numa linguagem de grande esplendor inventivo que funde o corrente e o mágico sem nunca ceder ao grandiloquente.

O amor pela Grécia antiga (referido pela própria como “relação vital”) incitou Hélia Correia ao regresso à tragédia e à leitura dos seus mitos e memórias com grande novidade, chegando ela mesma a pronunciar-se em palco, por largos meses, na língua de Antígona. Tal fala veio a culminar em exercício sobre esta heroína, já antes aplicado a Helena e depois a Medeia. Uma colecção de “aventuras inscritas em núcleos mitológicos”, dedicada às crianças, mas com largo proveito adulto, releva ainda do mesmo fascínio.
A reconstituição de ambientes que determinam o homem de hoje e de sempre, define-a, por sua vez, Hélia Correia, numa expressão que envolve a permanente curiosidade com que olha o mundo e a razão porque nela se revêem os leitores comuns e os leitores de culto: “Gosto de abrir as portas que há no tempo”.
No decorrer da sessão será lançado o seu novo livro intitulado Adoecer, editado pela Relógio d´Água. A biografia romanceada da ligação amorosa de Elizabeth Eleanor Siddal e de Dante Rafael Rossetti também depõe sobre o universo vitoriano pré-rafaelita e o seu ascendente na modernidade da cultura europeia. Isabel Fernandes, da Faculdade de Letras de Lisboa, fará a apresentação da obra.
Principais publicações:
FICÇÃO Papagaios de Papel e Outros Contos, 1977; O Separar das Águas, 1981; O Número dos Vivos, 1982; Montedemo, 1983; Villa Celeste, novela, 1985; Soma, 1987; A Fenda Erótica, 1988; A Casa Eterna, 1991 | Prémio Máxima da Literatura; Insânia, 1996; Lillias Fraser, 2001 / Prémio D. Dinis e Prémio Pen Clube; Fascinação, 2004; Bastardia, 2005 | Prémio Máxima da Literatura
POESIA A Pequena Morte / Esse Eterno Canto, 1986 (Díptico com Jaime Rocha); Apodera-te de Mim, 2002
TEATRO
O Rancor, Exercício sobre Helena, 2000; Perdição, Exercício sobre Antígona, 2006; Florbela, 2006; Desmesura, Exercício com Medeia, 2006; O Segredo de Chantel apud Panos, Palcos Novos, Palavras Novas, 2006
LITERATURA INFANTIL
A Luz de Newton (Sete Histórias de Cores), 1988; Mopsos, o Pequeno Grego: O Ouro de Delfos, 2004; Mopsos, o Pequeno Grego: A Coroa de Olimpia, 2005
TRADUÇÕES
A Ilha Encantada, versão para jovens de A Tempestade e de Sonho Duma Noite de Verão de Shakespeare; Sul, de Adelaide Garcia Morales; Os Adeuses, de Juan Carlos Onetti
ENSAIO
Faces de Maria de Lurdes Pintassilgo, 2006; Entre as Coisas Vivas apud O Livro das Transparências, (Cadernos Llansolianos), 2007
PREFÁCIOS
Camilo Castelo Branco: Vinte Horas de Liteira, 1984 e Maria da Fonte, 2ª ed., 2001 Emily Bronte: Monte dos Vendavais - Perda e Exaltação, 2001
António Ramos Rosa: Bichos Instantâneos - O Fulgor Animal, 2005
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