Biblioteca Nacional de Portugal Campo Grande, 83 1749-081 Lisboa Portugal
Tel. 21 798 20 00 Fax 21 798 21 40
Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar
|
BNP adquire quatro valiosos manuscritos
A Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) adquiriu, em leilão, quatro valiosos manuscritos provenientes da biblioteca de António Capucho.
As duas obras de Arquitectura Militar são da autoria de Luís Serrão Pimentel (1613-1679), figura de grande relevo da cultura portuguesa do século XVII, que desempenhou os cargos de cosmógrafo-mor e de engenheiro-mor do Reino.
O manuscrito intitulado Architectonica Militar ou Fortificação Moderna é um tratado inédito, datado de 1661, antecedido de um frontispício alegórico, primorosamente desenhado pelo arquitecto João Nunes Tinoco (ca 1610-1689), que assina também os desenhos que complementam o texto, sendo igualmente calígrafo do códice. Tinoco exerceu importantes cargos como os de arquitecto das obras de S. Vicente de Fora e da Casa das Rainhas.
O Método Lusitânico de desenhar as fortificações integra os desenhos originais da obra maior de Serrão Pimentel, impressa em 1680, tendo, muito provavelmente, pertencido ao autor.
A Real Fábrica de Ferro de Nova Oeiras (Angola) é um manuscrito datado de 1776. O documento compõe-se de 8 páginas de texto e dois mapas, um da Vila e um outro do engenho: «Planta Icnographica da caza, assude e engenho…», assinados por Manuel António Tavares, capitão de infantaria do corpo de engenheiros que partiu para Angola em 1764, onde permaneceu várias décadas. A fábrica e a povoação de Nova Oeiras foram edificadas na confluência dos rios Lucala e Luinha (cerca de 150 quilómetros a sudeste de Luanda), por incumbência do Governador Inocêncio de Sousa Coutinho (1764-1772), veiculando a política pombalina de fomento industrial e de incremento da colonização.
Por ultimo, foi adquirido um manuscrito autógrafo de João Domingos Bomtempo (1775-1842) que contém um Tantum Ergo e uma Missa, compostos e oferecidos ao rei D. Fernando II em 1842. A aquisição desta obra, que se considerava perdida, é particularmente significativa, vindo enriquecer o valioso corpo documental integrado na Área de Música da BNP de um dos mais importantes compositores portugueses de sempre.
|