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♦ Lusa / RTP de 02-02-2009
♦ Diário de Noticia de 04-02-2009
♦ Diário de Noticia de 05-02-2009
♦ Jornal de Letras de 11-02-2009
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Doação do Espólio de Eugénio Lisboa à BNP
Eugénio Lisboa assinou a 4 de Fevereiro de 2009 o Termo de Doação do seu Espólio à BNP, tendo entregue 39 cartas manuscritas de José Régio (que abrangem o período de 1955 a 1969), algumas contendo desenhos, bem como duas cartas de Miguel Torga. Serão gradualmente integrados os núcleos epistolográficos de Jorge de Sena, Vergílio Ferreira, Fernando Namora, George Steiner, William Boyd, entre outros, além de manuscritos do doador.
Ensaísta, crítico literário, poeta, professor e conselheiro cultural, Eugénio de Almeida Lisboa é engenheiro electrotécnico de formação, o que marcou a primeira fase da sua vida profissional em Moçambique. Residiu em Lisboa entre 1947 e 1957, anos de formação académica, além de prestar serviço militar em Portalegre. Na capital do Alto Alentejo conhece José Régio de quem se viria a tornar notável especialista. A convite do autor de Poemas de Deus e do diabo organiza uma antologia da sua poesia, em 1957, acompanhada de uma nota bibliográfica e de um estudo, prenúncio de uma longa e aturada reflexão à obra regiana.
Personalidade destacada no âmbito da vida cultural, co-dirigiu, com Rui Knopfli, em Moçambique, onde nasceu, os suplementos literários dos jornais A Tribuna e A Voz de Moçambique e colaborou no Diário de Moçambique, no Notícias da Beira, no Diário, no Notícias, no Paralelo 20 ou em Objectiva. Em Portugal assinou artigos publicados em A Capital, no Diário Popular, no O Tempo e o Modo, ou Nova Renascença. É colaborador das revistas Prelo e Colóquio. Letras e do JL. Foi coordenador, entre 1985 e 1994, do Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, organizado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas. Entre 1997 e 2001 dirigiu o Boletim do Centro de Estudos Regianos, cujos órgãos directivos também integrou no mesmo período. Dirigiu ainda a colecção Obras Escolhidas de José Régio para o Círculo de Leitores.
Exerceu funções docentes nas Universidades de Lourenço Marques, Pretória, Estocolmo e Aveiro. Foi conselheiro cultural (1978-1995) junto da Embaixada de Portugal em Londres, onde promoveu a tradução e edição de alguns clássicos da Literatura Portuguesa. Presidiu, de 1996 a1998, à Comissão Nacional da UNESCO.
Na sua produção destacam-se as obras José Régio: antologia (1957), Poesia em Moçambique, em colaboração com Jorge de Sena e Maria de Lurdes Cortez (1973), José Régio: a obra e o homem (1976), O Segundo modernismo em Portugal (1977), José Régio, uma literatura viva (1978), A voz ciciada: ensaio da poesia de Rui Knopfli (1978), Poesia portuguesa: do Orpheu ao Neo-realismo (1980), José Régio ou a confissão relutante (1988). Na poesia A matéria intensa recebeu o prémio da Câmara Municipal de Lisboa (1985). Enquanto editor literário salientam-se Versos e alguma prosa de Jorge de Sena (1978) ou Jorge de Sena: antologia (1984), bem como A centenary Pessoa (1995), com L.C. Taylor e outros, The dedalus book of Portuguese fantasy (1995), em colaboração com Hélder Macedo, Professor Pfglzz and his strange companion and other Portuguese stories (1997), The anarchist banker and other Portuguese stories (1997).
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