Coord. António Braz de Oliveira , Fátima Lopes ; pesq. Almerinda M. Graça... [et al.]. Lisboa: BNP, 2008. 136 p. (Bibliografias – inventários)
O Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea (ACPC) foi institucionalizado em 1982, com a designação inicial de Área de Espólios. A sua criação ficou a dever-se à visão estratégica de João Palma Ferreira que ao delinear este projecto inovador prestou um valioso serviço à Cultura Portuguesa, através da estruturação de mecanismos que permitiram salvaguardar, preservar, restaurar e divulgar inúmeros documentos de valor inestimável para o estudo da História Cultural e Política de Portugal dos séculos xix e xx.
Do pequeno núcleo inicial, embora da maior valia, a Área conheceu uma importante dinâmica de crescimento, situação que justificou a sua transformação em Arquivo de Literatura Portuguesa Contemporânea (1992). A expansão contínua e a abertura às ciências, às artes, aos movimentos sociais e à política, rumo que lhe conferiu uma natureza mais abrangente, encontra-se na origem da denominação actual, que ostenta desde 1997, e que simboliza a amplitude e a variedade dos espólios das personalidades cujos documentos/objectos foi, paciente e progressivamente, adquirindo ao longo deste quarto de século.
O Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea conta com mais de «um milhão de papéis» – distribuídos por 140 espólios e pela colecção de manuscritos avulsos – e compreende, naturalmente, uma enorme variedade de documentos. Apesar da dimensão que o ACPC já alcançou, a Biblioteca Nacional de Portugal não considera, de modo algum, que a tarefa se encontre concluída. Há, ainda, um longo, paciente e empolgante caminho a percorrer no sentido de descobrir, incorporar e salvaguardar núcleos documentais da maior importância para o estudo da Cultura Portuguesa.
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