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Biblioteca Nacional de Portugal

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Portugal

 

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Cartaz [PDF]


Folha de sala [PDF]

Histórias da história da Biblioteca Nacional

O Senhor Visconde bibliotecário

DESTAQUE | 25 jun. - 27 set. '25 | Sala de Referência | Entrada livre

 

Histórias contadas em pequenas mostras com destaque para alguns episódios curiosos da vida da Biblioteca Nacional durante a sua existência de mais de 200 anos.  Os documentos e objetos investigados e expostos darão voz a aspetos pouco conhecidos de um património onde há muito para descobrir.

 

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Filho de António Feliciano de Castilho (1800-1875), era Júlio o mais velho de uma fratria que conheceu assinalável sucesso na sociedade portuguesa. Após terminar o Curso Superior de Letras, foi amanuense na Direção-Geral da Instrução Pública, entre 1870 e 1872, transitando em outubro desse ano para a Biblioteca Nacional onde acumulou impressionante erudição de que daria sobejas mostras nos anos de maior criatividade.

Castilho apaixonado por Lisboa. Calcorreava-a incessantemente, formulava hipóteses e consolidava impressões, validando-as pacientemente pela leitura e transcrição de documentos que ia perseverantemente desenterrando do esquecimento, num verdadeiro trabalho de arqueologia especulativa. Os anos que passou na Biblioteca foram frutuosos para a construção da obra que depois seria a primeira expressão da olisipografia. Em 1879, surgiu Lisboa Antiga. O Bairro Alto de Lisboa, obra que depois conheceria amplo desenvolvimento em Lisboa Antiga. Bairros Orientais, publicada entre 1884 e 1890. 

Por falecimento do pai, herdou o título de visconde de Castilho, certamente um precioso adereço então muito valorizado. Acrescia a fama de erudito aclamado e ocupou fugazmente o lugar de cônsul de Portugal no sultanato de Zanzibar (1887).

Entre 1903 e 1906 foi mestre de Literatura e História do Príncipe herdeiro D. Luís Filipe, tarefa da qual recusou quaisquer honorários. Em 1911, o Ministro do Interior, António José de Almeida demitiu-o do seu lugar de conservador da Biblioteca Nacional de Lisboa.

Por testamento, deixou o seu espólio à Torre do Tombo - as coleções olisiponiana e de autógrafos, litografias, gravuras, fotografias e desenhos, assim como a sua vasta biblioteca, e ao Museu Britânico de Londres, calcos e gravuras de Vieira Lusitano.

Miguel Castelo-Branco

Serviço de Atividades Culturais e Relações-Públicas