Biblioteca Nacional de Portugal
Serviço de Actividades Culturais
Campo Grande, 83
1749-081 Lisboa
Portugal
Informações
Serviço de Relações Públicas
Tel. 217982167 / 217982424
This e-mail address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it
cartaz (pdf)


|
António Sardinha - Poesia
LANÇAMENTO | 25 mar. '25 | 18h00 | Auditório | Entrada livre

«Cedo tocado pelos prenúncios de uma vocação de ‘homem de letras', António Sardinha viveu os seus anos juvenis, noAlentejo e em Coimbra, como tempo de aferição de desígnios e de recursos pessoais para realizar condignamente tal vocação, acalentada por Eugénio de Castro. [...]
Pelo caminho, a tópica pessimista e o estilo do esteticismo decadentista, que [...] cultivara nas suas primícias dos alvores do século XX, resgatam-se na depurada dicção e na densidade humana da sua maturidade poética. Então, a sua arte lírica culmina em versos soberanos como "ó calada voz do nocturno espanto", ao passo que outros, maxime na mitografia de Roubo de Europa, dão súmula paradigmática à insígnia apostólica - "ó madre antiga dos destinos novos" - que, por translação, [...] podia atribuir à Igreja católica, à Pátria lusíada e à Monarquia portuguesa.
Assim, se pela crónica combativa e pelo ensaio militante de revisionismo histórico e de proposta ideológica António Sardinha se afirmou como grande figura de intelectual orgânico, mas de espírito livre e discurso alodial, também pela sua criação poética se impôs como alto nome do cânone neo-romântico.
Nessa extensa e intensa obra lírica, uma e outra vez os seus versos nos fazem sentir e nos levam a entender a profunda e alta conceção que um dia assumiu: "A Poesia é a libertação da nossa existência subliminar - existência rumorosa e obscura, pela qual nos ligamos à continuidade imortal do ser."»
José Carlos Seabra Pereira
Estudo/Posfácio
|