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Biblioteca Nacional de Portugal

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Portugal

 

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Folha de sala [PDF]


Histórias da história da Biblioteca Nacional

Tempos difíceis (1918-1923)

DESTAQUE | 29 nov. '24 - 22 fev. '25 | Sala de Referência | Entrada livre

 

Histórias contadas em pequenas mostras com destaque para alguns episódios curiosos da vida da Biblioteca Nacional durante a sua existência de mais de 200 anos. Os documentos e objetos investigados e expostos darão voz a aspetos pouco conhecidos de um património onde há muito para descobrir.

 

 

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Nesta mostra documental exibe-se um conjunto de documentos variados, existentes nos acervos da BNP, onde se dá conta de como as dificuldades que atravessaram o país nos inícios do século XX se refletiram também na Biblioteca Nacional.

 

Em 1918, Portugal estava mergulhado na guerra e os seus efeitos danosos faziam‑se sentir em toda a população. Em março desse ano, em carta dirigida a Sidónio Pais e assinada por «um grupo de funcionários das bibliotecas e arquivos», suplicava‑se ao presidente atenção e empenho na urgente resolução da penúria a que os servidores do Estado se viam reduzidos, lembrando os vencimentos vexatórios que auferiam e até os indisfarçáveis sinais dessas dificuldades, detalhando a ultrajante indumentária puída a que o áspero momento os obrigava.

 

Também em relação à gripe dita espanhola, influenza hespanhola ou gripe pneumónica que a partir de maio de 1918, em três vagas sucessivas, assolou o país, vamos encontrar testemunhos de como esta interferiu no quotidiano labor da Biblioteca Nacional. O mesmo se diga relativamente à agitada vida política do país e às dificuldades económicas.

 

Assim, e não obstante a notável obra desenvolvida por Jaime Cortesão entre 1919 e 1927, os primeiros anos do seu mandato foram, por razões que lhe foram de todo estranhas, pois que impostas pelas condições gerais do país e do mundo, incomuns e dolorosas. Contudo, sobrelevando a profunda crise, surpreende ter sido precisamente nesses anos que a Biblioteca Nacional ganhou uma centralidade que antes jamais tivera na vida cultural portuguesa, não só enquanto normalizadora de técnicas catalográficas, na divulgação dos seus fundos, na aquisição de raridades adquiridas no estrangeiro, mas, igualmente, enquanto editora.