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Injustiça Epistémica e Resistência

CONVERSA PÚBLICA | 17 set. '24 | 17h30-19h30 | Auditório | Entrada livre | A sessão será conduzida em inglês

 

O conceito de injustiça epistémica foi desenvolvido nos últimos 15 anos para designar um tipo de injustiça relacionada com o conhecimento. Miranda Fricker identificou duas formas principais de injustiça a que uma pessoa que pertence a um grupo desfavorecido está sujeita na sua capacidade de conhecer: a injustiça testemunhal, que acontece quando a credibilidade do sujeito é posta em causa, e a injustiça hermenêutica, que se refere aos casos em que o sujeito tem dificuldade em expressar aspetos importantes da sua própria experiência por falta de recursos interpretativos na criação de significados partilhados.

A injustiça epistémica tem sido explorada em diversos contextos, como na política, na saúde, na educação, no direito, etc. Descrever os danos específicos causados pelas suas manifestações sistémicas e estruturais nas nossas sociedades contemporâneas é necessário, não apenas para perceber este tipo especifico de injustiça, mas também, como salienta José Medina, para desenvolver práticas de resistência que possam contrastar com a discriminação e a opressão causadas ou reforçadas pela injustiça epistémica.

Esta conversa debruçar-se-á sobre o funcionamento da injustiça epistémica e as potenciais práticas de resistência no contexto da argumentação pública, considerando as dinâmicas de poder entre instituições, sistemas de comunicação e grupos desfavorecidos. Com enfoque em atos de protesto, como caso exemplar da resistência epistémica, conversaremos sobre os desafios que enfrentam os movimentos sociais e as suas ações de resistência à desigualdade e ao silenciamento.

Com o objetivo de refletir sobre a resistência à injustiça epistémica no contexto específico da sociedade portuguesa, estes temas serão abordados numa conversa com Miranda Fricker (Universidade de Nova Iorque) e José Medina (Universidade Northwestern), peritos em injustiça epistémica e epistemologia da resistência, com a participação de Flávio Almada e Andreia Galvão, militantes do movimento Vida Justa, e moderação de Dima Mohammed (Instituto de Filosofia da Universidade NOVA de Lisboa).

 

Para quaisquer questões, contactar a organização através do endereço de correio eletrónico epistemicinjustice@fcsh.unl.pt

 

 

Comissão organizadora: Dima Mohammed, Maria Grazia Rossi, Federico Cella e Guido Tana (ArgLab, IFILNOVA, Universidade NOVA de Lisboa)


Comissão científica: Gloria Andrada, Federico Cella, Camila Lobo, Dima Mohammed, Maria Grazia Rossi, Guido Tana, Giulia Terzian, Robert Vinten (IFILNOVA, Universidade NOVA de Lisboa)

 

Evento financiado por Fundos Nacionais através da FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projeto UIDB/00183/2020.