Biblioteca Nacional de Portugal
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Portugal
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Folha de sala | dez. '23 - mar. '24
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Histórias da história da Biblioteca Nacional
Visitantes ilustres e ilustres desconhecidos
DESTAQUE | dez. '23 - mar. '24 | Sala de Referência | Entrada livre
Histórias contadas em pequenas mostras com destaque para alguns episódios curiosos da vida da Biblioteca Nacional durante a sua existência de mais de 200 anos. Os documentos e objetos investigados e expostos darão voz a aspetos pouco conhecidos de um património onde há muito para descobrir.
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A Biblioteca Nacional de Portugal possui no seu Arquivo Histórico os designados Livros de Visitantes. Assinados tanto por portugueses como estrangeiros que, movidos por simples curiosidade, por necessidade de investigação e estudo, ou como convidados para solenidades, transpuseram desde finais do século XVIII, as portas da Real Biblioteca Pública da Corte, primeiro na Praça do Comércio, depois Biblioteca Nacional de Lisboa, no convento de São Francisco, ao Chiado e, desde 1969, no Campo Grande, onde hoje se localiza a Biblioteca Nacional de Portugal.
Tal coleção de assinaturas não mais é entendida como acervo de relíquias, nem tão pouco busca indiciar o génio do respetivo assinante, tal como acontecia no século XIX quando a «ciência nova» da grafologia, logo anexada pela criminalística e pela psiquiatria, julgou poder extrair das assinaturas resposta para a definição do quadro nosológico, da psique, do caráter e das inclinações de cada indivíduo.
Acabou o tempo dos caçadores de autógrafos e do colecionismo - afã que deu lugar, por exemplo, à coleção de Henri de Rothschild (1872-
1947), doada à Biblioteca Nacional de França, ou à coleção reunida por Johann Wolfgang Von Goethe (1749-1832), hoje visitável na sua casa-museu... Os livros de visitantes fazem hoje parte da memória institucional da Biblioteca Nacional de Portugal e não são apenas curiosidades. Mercê do racional próprio da Sociologia da Leitura, tais livros permitem conhecer o perfil dos visitantes, mesmo tendo presente que a reflexão teórica e os estudos de campo não deixam de apontar processos de diferenciação social nas práticas de leitura.
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