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Literatura Escrita por Mulheres
Representação das mulheres numa colectânea de contos luso-americanos de Katherine Vaz
CICLO DE CONFERÊNCIAS | 25 mar. '21 | 18h00 | Entrada livre | Evento online via Zoom: https://tinyurl.com/y3d4tuyk | ID da reunião: 893 2419 9377 | Senha de acesso: 850975
Isabel Araújo Branco organiza a edição de 2020/2021 das conferências dedicadas a «Literatura Escrita por Mulheres», a quarta deste ciclo de encontros realizado no âmbito da linha de investigação « História das Mulheres e do Género», do CHAM-Centro de Humanidades NOVA. A História tem vindo a ser escrita ao longo do tempo como um construto que generaliza a vivência humana através da padronização do e no masculino. História sem género, dir-se-ia, mas que afinal exclui as mulheres da história. A historiografia tem construído barreiras de análise cultural, social, religiosa e política que excluem as mulheres. Com coordenação de Maria Barreto Dávila, a linha de investigação « História das Mulheres e do Género», do CHAM pretende contrariar esta tendência e constituir-se como uma área de investigação inovadora e multidisciplinar.
Representação das mulheres numa colectânea de contos luso-americanos de Katherine Vaz
No final do século 20, vários escritores americanos de ascendência portuguesa conquistaram um lugar de alguma relevância nas letras americanas. Katherine Vaz, uma luso-americana de segunda geração, é uma das mais reconhecidas vozes. A sua segunda coletânea de contos, Our Lady of the Artichokes and Other Portuguese-American Stories (2008), entrelaça vários lugares e trajetórias geográficas dentro e fora dos Estados Unidos. Ao fazê-lo, Vaz recupera elementos da cultura portuguesa, incluindo tópicos relacionados com o papel da mulher dentro ou fora das comunidades luso-americanas e como lidaram com a sua situação de imigrantes «forçadas».
O homem teve um papel de destaque nas comunidades luso-americanas, visto que foram eles que, na maioria das vezes, tomaram a iniciativa de emigrar, os que providenciaram as necessidades materiais básicas, e que posteriormente chamariam as mulheres. De um modo geral, estas eram as suas prometidas, noivas ou mulheres que estavam destinadas a ser as mães dos seus filhos e, portanto, seriam confinadas ao ambiente doméstico onde o seu papel poderia ser central, mas também limitado não apenas pela cultura dominante, mas pelos seus próprios compatriotas e as suas crenças enraizadas.
Pretendo apresentar a representação que Vaz faz das experiências das mulheres nas suas narrativas e verificar se o retrato construído por Vaz aponta para um enquadramento diferente do papel da mulher na sociedade.
Isabel Oliveira Martins
É docente na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa. Lecciona, desde 1983, nas áreas de Literatura Norte-Americana e Tradução Literária. Investigadora do Centro de Estudos Ingleses, de Tradução e Anglo-Portugueses (CETAPS) e do CEAUL (Centro de Estudos Ingleses da Universidade de Lisboa), a sua investigação abrange as áreas dos Estudos Americanos e Luso-Americanos, Estudos Anglo-Portugueses, nomeadamente Literatura de Viagens e Tradução Literária, sendo membro do PEnPAL in Trans, projecto colaborativo interinstitucional de tradução literária aplicada em plataforma digital, tendo como objecto escritores luso-americanos.
Cabeçalho: pormenor da pintura Lettrice (Clara) de Federico Faruffini, ca. 1865. Disponível aqui
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