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Horário
2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30
sáb. 09h30 - 17h30
Visitas guiadas por Jorge Croce Rivera e Mariano Piçarra 25 nov. | 10h00 12, 20 e 28 dez.. | 10h00
10,17 e 24 jan. | 10h00 Entrada livre /
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Lançamento Teoria do Ser e da Verdade - tomo III Obras de José Marinho
Folha de sala
Apoio:
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Reverso, o Mesmo e o Outro. 34 fotografias de Mariano Piçarra
LANÇAMENTO | 26 out. '16 | 18h00 | Auditório | Entrada Livre
EXPOSIÇÃO | 26 out. '16 - 24 jan. '17 | Sala de Exposições | Entrada Livre
Reverso, o Mesmo e o Outro constitui, depois de Grave, mostra que decorreu no Arquivo Municipal de Fotografia de Lisboa em setembro de 1999, um segundo encontro da fotografia de Mariano Piçarra com o pensamento de José Marinho (1904-75). As fotografias são inspiradas em textos do autor, selecionados e tratados por Jorge Croce Rivera. A inauguração da exposição é antecedida do lançamento do Tomo III da Teoria do Ser e da Verdade, Vol. IX das «Obras de José Marinho» (Imprensa Nacional-Casa da Moeda), que reúne o extenso conjunto de textos inéditos ilustrativos das diferentes versões dos capítulos da obra de José Marinho, com apresentação por António Braz Teixeira.
Figura singular da cultura portuguesa do Século XX, José Marinho desenvolveu uma funda meditação sobre a consciência de ser, as questões metafísicas últimas e as possibilidades éticas do pensar e agir humanos, que o conduziram, na sua obra maior, a Teoria do Ser e da Verdade, publicada em 1961, mas que o demorou cerca de trinta anos a redigir, a reconsiderar os temas maiores do pensamento filosófico europeu e a conceber uma nova denominação de “espírito” como “insubstancial substante”. Apesar de ter publicado em vida um pequeno número de livros e ensaios, a organização nos últimos anos do seu vasto espólio, a maior parte composto por manuscritos inéditos, e integrado no Arquivo de Literatura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional de Portugal, tem possibilitado largar o entendimento da sua rarefeita meditação ontológica através da publicação das suas obras, éditas e inéditas, pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
Enquanto em Grave (1999), as fotografias de Mariano Piçarra, de formato analógico e a preto e branco, encontraram inspiração nos textos de Marinho escritos na sua juventude entre 1924 e 32, reunidos no volume Aforismos sobre O Que Mais Importa, na exposição Reverso, o Mesmo e Outro, as fotografias, a cores e em formato digital, remetem para os textos autobiográficos e aforismos da maturidade, que o filósofo redigiu após a publicação da Teoria do Ser e da Verdade, recentemente reeditada, em três tomos, com extenso material inédito.
O retorno aos aforismos e aos textos breves, a junção do apontamento aparentemente circunstancial à mais funda injunção reflexiva, marca a fase derradeira do pensamento especulativo do filósofo, que concebeu reunir os numerosíssimos textos sob várias denominações, “Aforismos II”, “Aforismos e Anomias”, “Da Assunção do Nada para a Liberdade Divina”, num projeto de livro que não logrou realizar, ainda que alguns desses textos tenham sido publicados em páginas literárias, permanecendo todavia a maior parte deles inéditos.
Integrando a nova exposição algumas das imagens de Grave, inseridas num dispositivo que as envolve e reverte, também Reverso, o Mesmo e o Outro retoma o diálogo entre as fotografias e a poética meditativa, entre os manuscritos e a sua transcrição critica, num jogo em que a escrita faz descobrir a dimensão pensante da imagem e a fotografia o liame imaginal do pensar. Mariano Piçarra Licenciado em Design de Equipamento pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, (1983), é, desde 1993, Professor Convidado na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Enquanto fotógrafo, apresentou os seus trabalhos em diversas exposições, como Carneiro, Ether / Cenotáfio, Mãe de Água, Lisboa, 1993; Livro de Viagens / Portugiesische Photographie, 1854-1997, Frankfurter Kunstverein, Steinernes Haus am, Romerberg, Frankfurt, 1997 e Grave, Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa, Lisboa, 1999. Tem exercido uma intensa atividade de designer, sobretudo na Fundação Calouste Gulbenkian, sendo responsável pela conceção de diversas exposições, de que se destacam A Perspetiva das Coisas - A Natureza-Morta na Europa, Séc. XIX/XX, Museu Calouste Gulbenkian, 2011; 360º Ciência Descoberta, Museu Calouste Gulbenkian, 2013 e A História Partilhada – Tesouros dos Palácios Reais de Espanha, Museu Calouste Gulbenkian, 2014. Recebeu, em 2015, o Prémio Pádua Ramos - Design de interiores, promovido conjuntamente pelo Ministério da Economia e Inovação e pela Secretaria de Estado da Cultura para celebrar o Ano Português do Design. A sua obra é referida na bibliografia da especialidade:
Sena, António - Uma História de Fotografia, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, pp 133/141, 1991; The Oxford Companion to the Photograph, Oxford & New York, Oxford University Press, Lenman, Robin (ed.), pp. 500, pp. 516/517, 2005; Serém, Maria do Carmo – A Arte Portuguesa da Pré-História ao século XX, A Fotografia em Portugal, Lisboa, Fubu Editores-SA, pp. 75/78, 2009.
Jorge Croce Rivera Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia (Lisboa) da Universidade Católica Portuguesa (1983), mestre em Filosofia em Portugal pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa (1990), doutorou-se em Filosofia na Universidade dos Açores (1999). É atualmente Professor da Universidade de Évora, exercendo docência em diversos cursos de mestrados e doutoramento desta universidade. Organizador do espólio do filósofo José Marinho (1904-75), depositado na Biblioteca Nacional de Portugal, é igualmente o responsável pela edição das “Obras de José Marinho”, em curso de publicação pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
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