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Ciclo de Conferências
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Tópicos Pessoanos
Verdade, aspirina e outros ingredientes da panaceia pessoana, por Madalena Lobo Antunes
CONFERÊNCIA | 12 dez. '14 | 18h30 | Sala de projeção BNP | Entrada livre
Em A Nova Poesia Portuguesa Sociologicamente Considerada, Fernando Pessoa anuncia a vinda do supra-Camões, um poeta que ultrapassaria Camões como maior figura literária portuguesa. É possível a posteriori ver Pessoa como o cumpridor de uma profecia que se cumpre a si mesma, em que o profeta é agente e cria condições para que a profecia se cumpra. A «doença» seria o estado da literatura sua contemporânea e da poesia em particular. A «cura» seria a «Nova Poesia Portuguesa» e o aparecimento de um supra-Camões. Assim, esta comunicação traçará a evolução da obra pessoana no cânone enquanto criadora de uma nova proposta de condição autoral, um gesto que terá efeito não só na história das poéticas europeias mas também na da ficção na primeira pessoa.
Madalena Lobo Antunes é doutoranda de Estudos Portugueses na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia e membro da equipa do projecto Estranhar Pessoa: um escrutínio das pretensões heteronímicas. Redigiu uma dissertação de Mestrado sobre Álvaro de Campos e Walt Whitman e encontra-se presentemente a desenvolver a sua tese de Doutoramento sobre a consciência no Livro do Desassossego. Tem também apresentado comunicações sobre Pessoa e a sua relação com autores do modernismo britânico, nomeadamente James Joyce e Virginia Woolf, em colóquios nacionais e internacionais.
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