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Biblioteca Nacional de Portugal

Serviço de Actividades Culturais

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Portugal

 

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Tel. 21 798 21 68

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Visita guiada por Catarina Cardoso
18 e 20 nov. | 18h00
Sujeita a This e-mail address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it

 

Folha de sala

 

 

Pulcinoelefante

 

Demonstração O Homem do Saco

 

 

Artigo do Expresso


9000 formas da felicidade: as edições Pulcinoelefante

MOSTRA | 24 out. '14 - 31 jan. '15 | Mezzanine | Entrada livre

 

Pulcinoelefante é a editora de Alberto Casiraghy. A Pulcinoelefante nasceu em Osnago (Cantù, Como, Itália) em 1982, numa tarde ventosa. Nesse ano saiu apenas o livro inaugural, Una Lirica. Una Immagine de Marco Carnà. Em 1983 foram lançados quatro livros, em 1984 sete, nove em 1985. Enfim, os primeiros dez anos viram nascer 236 Pulcini.

Logo em janeiro de 1992 surgiu o primeiro Pulcino de Alda Merini, o n.º 237. O texto é dela, Il Poeta, os desenhos originais são de Marco Carnà. A amizade e consequente colaboração com Alda Merini conduziram a um aumento alucinante no número de títulos produzidos: 4377 até dezembro de 2001, cerca de 4400 até dezembro de 2012, um pouco mais de 100 em 2013.

Alberto Casiraghy apresenta-se como um padeiro de livros, o único padeiro que trabalha durante o dia, e de facto, desde 1992, em média, tem editado mais de um título a cada 24 horas... Os livros de Alberto são quatro ou seis folhas de papel Hahnemühle, tamanho A4, dobradas em A5. Contêm um aforismo ou um pequeno poema impresso em caracteres móveis, e uma ilustração: uma impressão digital dos desenhos de Alberto, uma xilografia de Adriano Porazzi, águas-fortes, litografias, fotografias, colagens, desenhos e pinturas com todas as técnicas, ready-mades, esculturas, as intervenções mais variadas. As tiragens vão de 15 exemplares a 30 ou 35, numerados sequencialmente.

Portugal é uma presença antiga nas Edições Pulcinoelefante, com Fernando Pessoa (n.º 414, abril de 1993, com um monotipo de Alberto; e n.º 1142, de outubro de 1995, com um desenho de Salvatore Carbone). Em março de 2013 essa presença foi reforçada: Alberto Casiraghy havia decidido publicar Manuel Alegre (A Sombra, n.º 8840) e publicou ainda o poema Para Manuel Alegre (n.º 8848) de Hélia Correia e Jaime Rocha, uma homenagem a Fernando Pessoa (Roberta Rocca, Diario: Omaggio a Fernando Pessoa, n.º 8845), e um aforismo meu ilustrado pela Isabel Baraona (A vida, o Mundo, n.º 8841). No mesmo mês, o Alberto veio a Portugal. Fez um workshop no Homem do Saco, explicando como deveriam ser feitos bons Pulcini. Dessa colaboração resultaram os Pulcini portugueses, os n.ºs 8855 a 8858. E do encontro feliz do Alberto com Vasco Graça Moura nasceram mais quatro Pulcini, os n.ºs 8864, 8865, 8869 e 8877, feitos ainda em março, e em abril de 2013.

Os livros agora expostos integram a minha coleção. Com esta escolha, procuro revelar a variedade, a riqueza, a alegria quase sempre, que estes livrozinhos (os libricini do Alberto) encerram e desvendam. Há um núcleo de livros de Alda Merini, outro de Pulcini, escritos e ilustrados apenas pelo Alberto. Mas há sobretudo a poesia e a beleza intrínsecas a umas quantas palavras, a uns traços no papel, à harmonia da sua conjugação.

Alberto Casiraghy é um artista: é poeta, pintor, músico e construtor de violinos, impressor. O seu amor ao próximo e à vida está traduzido nos milhares de livrozinhos Pulcinoelefante que fez e ajudou a fazer e espalhou pelo mundo. E estes, fiéis ao seu criador, fizeram e fazem amigos. É à volta deles, Alberto e os seus livrozinhos, que nos juntamos nesta exposição na Biblioteca Nacional de Portugal.

Comissária: Catarina Figueiredo Cardoso