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Biblioteca Nacional de Portugal

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Portugal

 

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Visitas guiadas

por Ana Duarte Rodrigues

 

Sujeitas a This e-mail address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it

 

29 maio  '14 (5.ª f.), 16h00
16 jun. '14 (2.ª f.), 14h00

16 jul. '14 (4.ª f.), 14h30

31 jul. '14 (5.ª f.), 17h00

 

Folha de sala

 

 

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Uma história de jardins

A sua arte na tratadística e na literatura

EXPOSIÇÃO | 15 maio '14 | 18h00 | Sala de Exposições | Entrada livre | até 31 jul.

 

A exposição visa dar a conhecer ao grande público o valioso acervo de livros sobre jardins conservados na Biblioteca Nacional de Portugal. A mostra, distribuída por cinco núcleos, vai tornar visível as imagens, os conteúdos, os autores, as edições e as ideias sobre a arte dos jardins que circulavam em Portugal na Idade Moderna.

 

O primeiro núcleo intitula-se Primeiro havia um jardim... e pretende realçar o começo da Humanidade justamente num jardim: o Éden. Mas pretende também destacar os livros de maior divulgação: a Bíblia e as Metamorfoses de Ovídio, que se tornaram, assim, textos privilegiados para transmitir ideias e imagens de jardins e paisagens.

 

O segundo núcleo, Do útil para o belo, abrange os tratados de agricultura espanhóis, franceses e italianos com maior sucesso entre nós, que incluíam pequenos capítulos dedicados aos jardins, e através dos quais se iniciou em Portugal a divulgação daquela arte. Nele podemos encontrar algumas das edições oitocentistas dos tratados hispano-muçulmanos escritos durante a Idade Média e que foram decisivos para o desenvolvimento da arte dos jardins na Península Ibérica.

 

Segue-se o núcleo dedicado ao Jardim de Prazer, que começa com o Hypnerotomachia Poliphili, o sonho de Polifilo, o qual, na sua busca erótica, atravessa múltiplos jardins e paisagens. Neste conjunto incluem-se todos os tratados de arquitetura civil especialmente dedicados às casas de campo, assim como o paradigmático tratado de Dézallier d’Argenville sobre o jardim formal. Complementarmente incluíram-se as mitografias que proporcionavam aos artistas o conhecimento dos deuses – biografias, aparência, atributos – assim como os livros com desenhos de fontes e os tratados de engenharia hidráulica que permitiram divulgar os sistemas de jogos de água, em voga na Europa.

 

Por último, na relação que estabelecemos entre jardins e amor, o quarto núcleo O «locus amoenus» é o locus do amor remete para o jardim da Arcádia, tema recuperado pelo jardim inglês, dito de paisagem. A este jardim, mais bucólico, corresponde uma poética diferente, mais sentimental, por oposição à evocação do prazer associada ao jardim de estilo francês, nomeadamente às Fêtes de l’Île Enchantée. Este núcleo junta a Art of modern gardening de Thomas Whately com outros livros que divulgaram em Portugal o jardim à inglesa. Finalmente, e porque tudo começou na árvore do conhecimento, não poderíamos deixar de incluir uma pequena área dedicada aos livros e dicionários de botânica que circularam entre nós.

 

A este projeto associou-se a Parques de Sintra-Monte da Lua com a realização dos filmes sobre os jardins de Queluz e o parque de Monserrate que serão exibidos em permanência durante a exposição.

 

A exposição será complementada por um catálogo, uma edição conjunta da Biblioteca Nacional de Portugal e do Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora (CHAIA), no qual se incluem os estudos desenvolvidos por Ana Duarte Rodrigues, Ana Lemos, Ana Paiva Morais, Aurora Carapinha, Jean-Pierre Le Dantec, Manuel Patrocínio, Maria Teresa Caetano e Nicolas Fiévé, apresentados no Ciclo de Seminários Internacionais Arts of gardens books: dialogues on ideas of garden, organizado no âmbito do CHAIA.

 

Comissária: Ana Duarte Rodrigues