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Biblioteca Nacional de Portugal

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Visitas guiadas

por Clara Moura Soares

 

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21 de março (6.ª f.), 18h00
24 de março (2.ª f.), 12h00
17 de abril (5.ª f.), 18h00

 

Folha de sala

 

/ Colóquio O Património Artístico das Ordens Religiosas | 20/21 fev.

 

 

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Resgatar a memória: a Biblioteca Nacional na gestão e salvaguarda do património artístico dos conventos

EXPOSIÇÃO | 20 fev. - 31 maio '14 | Galeria - Piso 1 | Entrada livre

 

A presente exposição, de iniciativa conjunta do Artis-Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Artis-IHA/FLUL), do Departamento de Conservação e Restauro da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Tomar (ESTT/IPT) e da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP), decorre do projeto de investigação financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, intitulado Eneias - A coleção de pintura da Biblioteca Nacional de Portugal: do resgate do património artístico conventual na implantação do Liberalismo ao estudo integrado de conservação e divulgação.

Constituída por sete núcleos e por cerca de uma centena de objetos e documentos, a exposição pretende mostrar o papel desempenhado pela Biblioteca Nacional na gestão do património artístico dos conventos, particularmente da pintura, que com a extinção das ordens religiosas deu entrada no Depósito das Livrarias dos Extintos Conventos, instituído a 16 de outubro de 1834, no edifício de São Francisco da Cidade.

Esta circunstância explica que possamos ainda hoje encontrar, distribuídas por corredores, gabinetes e salas de leitura do edifício do Campo Grande, para onde a Biblioteca Nacional transitou, em 1969, cerca de meia centena de pinturas de cariz religioso, executadas entre os séculos XVI e XIX. Trata-se do remanescente de milhares de obras que passaram pela instituição, durante o período em que esta esteve instalada no convento de São Francisco, geridas com diferentes sensibilidades pelos seus sucessivos diretores.

A apresentação de um conjunto representativo desse acervo pictórico, constituirá uma oportunidade ímpar para que possam ser apreciadas, num mesmo espaço, obras que habitualmente se encontram separadas ou em zonas não acessíveis ao público. Ao mesmo tempo, contribuirão para “resgatar a memória” de tempos históricos, que tendo sido altamente controversos e marcados por ondas de destruição patrimonial maciça, também o foram de salvaguarda, conservação e valorização, como amplamente testemunha a documentação então produzida.

Foi a partir do acervo que deu entrada no Depósito das Livrarias dos Extintos Conventos, que nasceu a Galeria Nacional de Pintura, embrião do atual Museu Nacional de Arte Antiga, como foi a partir dele que se colocaram novos desafios à conservação e ao restauro de pinturas, constituindo-se no convento de São Francisco um autêntico “laboratório de restauro”, onde se notabilizaram alguns importantes nomes para a história da conservação e restauro de pintura em Portugal.

Por terem sido pouco intervencionadas nas últimas décadas, ao contrário do que sucede com obras exibidas em museus, as pinturas que hoje pertencem ao acervo da Biblioteca Nacional constituem uma rara oportunidade para a caracterização dos processos de restauro antigos.

O estudo laboratorial de algumas obras, orientado para a pormenorizada reconstituição das intervenções de que foram alvo, fechará o circuito expositivo, mostrando como da complementaridade entre a vertente histórico-artística e a vertente laboratorial, poderá surgir um conhecimento mais amplo e circunstanciado tanto das obras de arte, como dos processos de restauro a que foram sujeitas, e que tantas vezes determinam que “que a imagem atual não seja a imagem original”.

 

Coordenação: Clara Moura Soares (ARTIS-IHA/FLUL)
Curadoria: Clara Moura Soares
Investigação: Rute Massano Rodrigues (ARTIS-IHA/FLUL)
Estudo Laboratorial: António João Cruz e Carla Rego (ESTT/IPT)

Textos: Clara Moura Soares; texto do último núcleo expositivo: António João Cruz e Carla Rego
Projeto Expositivo: BNP