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Folha de sala

 

 

 


 



Cláudio Carneiro (1895-1963)

MOSTRA | 16 dezembro '13 - 15 março '14 | Sala de Referência | Entrada livre



Cláudio Carneiro (1895-1963) nasceu num ambiente familiar artístico, sendo o seu pai o ilustre pintor portuense António Carneiro. Estudou, inicialmente, no Conservatório de Música do Porto (CMP), onde frequentou as classes de Miguel Alves e Carlo Dubini (violino e composição), Depois de ter sido nomeado professor de Solfejo do CMP, em 1921, prosseguiu os seus estudos com Charles Widor, em Paris. A partir de 1930, firmou a sua ligação ao Conservatório do Porto como professor de composição e em 1956 assumiu a direção desta instituição.

Nunca deixou de trabalhar com professores de reputada mestria, como Charles Widor, em Paris, e, mais tarde, como bolseiro do Instituto para a Alta Cultura, com Paul Dukas, com quem continuou a aperfeiçoar a composição.

Gabriel Pierné dirigiu, em Paris, duas temporadas de concertos da Orquestra Colonne com Prelúdio, Coral e Fuga, para orquestra de cordas, vindo reforçar o total domínio de Cláudio Carneiro na sua arte de eleição.

Das várias incursões ao estrangeiro, salienta-se o curso frequentado nos Estados Unidos da América, onde conheceu a violinista Katherine Hickel, que viria a ser sua mulher. Dedicado à escrita musical, apresentou no Porto e em Lisboa, em 1929 e 1932, uma programação de concertos inteiramente dedicada às suas obras. Em plena fase de maturidade, Cláudio Carneiro ganhou o Prémio Moreira de Sá, continuando também a compor e a orquestrar para instrumentos de arco, tendo chegado a fundar uma orquestra de cordas no Porto para a qual readaptou um repertório polifónico da autoria de diversos compositores clássicos. Foi agraciado, em 1934, com o grau de oficial da Ordem de Santiago de Espada.

A obra de Cláudio Carneiro distingue-se pela sua diversidade estética, assimilando plenamente inúmeras técnicas e expressões contemporâneas. No que respeita a melodias tradicionais portuguesas, o compositor desejou que perdurassem em estilo sinfónico, compondo assim as Portugalesas, datadas de 1949. Este interesse pelo «folclorismo musical» estava, aliás, em consonância com o trabalho de outros autores, influenciados pela recente transcrição de um cancioneiro tradicional por António Joyce. Na mesma altura, colaborou com o Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional, ligado ao Emissor do Norte.