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Urbano Tavares Rodrigues (1923-2013):

memória do escritor na BNP

NOTÍCIA | 9 agosto 2013


urbano_1_thumbFaleceu hoje o escritor Urbano Tavares Rodrigues, cujo espólio se encontra na BNP desde 2009. Trata-se do testemunho de quase seis décadas de criação fecunda e variada – conto e romance, ensaio e crítica, ficção e crónica (com lugar especial para as incursões de viagens), poesia…; vida literária em que perpassa a interpretação da existência e do seu sentido, da consciência, da culpa e da memória. Veiculada também por revistas e jornais, por conferências e entrevistas, é obra rica que se continua, como continuam as traduções que de há muito vêm merecendo as páginas em antologia e outros aspectos de reconhecimento público.

 

Também em 2009, Urbano Tavares Rodrigues participa em "Encontros com...", sessões organizadas pela Biblioteca Nacional de Portugal e pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas.

 

urbano_e59_cx1Urbano Tavares Rodrigues é autor de rica e vastíssima obra. Licenciado em Filologia Românica com uma tese sobre Manuel Teixeira Gomes, publicada em 1950, foi ainda sobre o mesmo escritor que incidiu a sua dissertação de doutoramento, vinda a público em 1984; entre ambas, são marcantes os estudos sobre O Romance Francês Contemporâneo (1964), Realismo, Arte de Vanguarda e Nova Cultura (1966), ou Um Novo Olhar sobre o Neo-Realismo (1981). Na obra de ficção, onde se identifica um encontro de múltiplas influências estéticas que impedem uma rigorosa filiação de «escola», a sua criação ultrapassa os títulos consagrados com inúmeras distinções literárias (o Prémio Ricardo Malheiros para Uma Pedrada no Charco, em 1958, ou o Prémio Aquilino Ribeiro da Academia de Ciências de Lisboa para Fuga Imóvel, em 1982) e obriga a fixar desde A Porta dos Limites (1952), passando por Bastardos do Sol (1959), Nus e Suplicantes (1960), Desta Água Beberei (1979) até O Adeus à Brisa (1998); as suas Obras Completas (2007/2009) revisitam um tão extenso fio de criação.