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"Renascença" artística e práticas de conservação e restauro arquitectónico em Portugal, durante a I República

LANÇAMENTO | 28 maio | 18h00 | Auditório BNP | Entrada livre

 

renascenca_republicaEdição publicada ao abrigo do Programa de Edição de Teses e Dissertações promovido pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.

 

"Uma das principais realizações da I República, talvez aquela que é menos conhecida, foi a organização moderna da proteção, salvaguarda, conservação, restauro e valorização do património histórico, artístico e arquitetónico português. O esforço coletivo do momento fundador do património, enquanto área estratégica da cultura portuguesa, constitui um acontecimento singular no horizonte da nossa história da herança cultural. Nesta obra estudam-se os materiais da memória e da identidade que durante a I República foram os esteios e os fundamentos ideológicos da política patrimonial e da cultura da salvaguarda e conservação do património do novo regime político. Uma metodologia mais precisa determinou que a própria história do património do período pré-republicano (1875-1910) tivesse de ser reescrita, de modo a compreender e explicar a reforma republicana do «património da nação», nos seus antecedentes, na sua inclusão social e nas suas transformações e consequências.

 

Num período histórico em que o «culto da arte» e o «culto dos monumentos» eram razões essenciais da construção da herança cultural, as elites patrimoniais desenvolvem diversas estratégias destinadas a introduzirem os valores da tradição na modernidade social, procurando afirmar os valores de Portugal no contexto da civilização europeia. No seio dessas elites, o papel de José de Figueiredo, de Luciano Freire, de Miguel Ventura Terra, de António Augusto Gonçalves, de José Marques da Silva ou de Adães Bermudes, entre outros, ganha relevo pela visão e alcance que tiveram do curso dos acontecimentos que permitiram iniciar de forma consequente a salvaguarda e a conservação do património em Portugal.

 

A herança da I República, materializada, sobretudo, nos objetos e valores artísticos, em novos museus e na conservação dos palácios e monumentos nacionais teve consequências políticas e culturais que se prolongaram até ao final do século XX."


Jorge Custódio