Biblioteca Nacional de Portugal

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Portugal

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Faleceu a 17 de novembro António Pardal Monteiro, o arquiteto responsável pela concretização final do projeto e pelo acompanhamento da execução do atual edifício da Biblioteca Nacional de Portugal.

Durante mais de 50 anos acompanhou a vida e evolução do edifício da BNP, incluindo o projeto da Obra de Ampliação e Remodelação da Torre de Depósitos recentemente levada a cabo. Recordamo-lo na sua última entrevista na BNP - Uma família ao estirador, por Fernanda Câncio (DN, 24.07.2010).

António Pardal Monteiro foi o colaborador próximo e continuador da obra de seu tio, o Arquiteto Porfírio Pardal Monteiro (1897-1957), autor de projetos emblemáticos da arquitetura de Lisboa no século XX - como  a Estação do Cais do Sodré, os Institutos Superior Técnico e Nacional de Estatística, as Gares Marítimas de Alcantâra e da Rocha do Conde de Óbidos, a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, ou o edifício do Diário de Notícias.

Após a morte de Porfírio Pardal Monteiro, em 1957, António Pardal Monteiro passou a assegurar a continuação das grandes obras da cidade universitária - faculdades de Direito e de Letras, e Reitoria da Universidade Clássica de Lisboa -  assim como da Biblioteca Nacional, edifícios em cujos projetos já trabalhava.

No caso da Biblioteca Nacional, são da responsabilidade de António Pardal Monteiro todas as alterações e ajustamentos introduzidos ao projecto original, bem como o apoio à execução de praticamente toda a obra, até à sua conclusão, em 1969. Foi por sugestão sua que Daciano da Costa foi incumbido dos arranjos interiores da Sala de Leitura Geral, das instalações do director e do anfiteatro, espaços mais emblemáticos do edifício da BNP.

Autor de outras obras importantes como o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, e das obras de remodelação e ampliação do Instituto Superior Técnico, António Pardal Monteiro foi também professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, por cerca de 25 anos, membro da Associação dos Arquitectos Portugueses, da Sociedade Portuguesa de Acústica e da Comissão Nacional Portuguesa de Iluminação.

Recebeu o título de Cavaleiro da Ordem de Santiago da Espada, que lhe foi atribuído pela sua atuação na construção dos edifícios centrais da Cidade Universitária de Lisboa.