Versão para impressão Enviar por E-mail
banner_rui_coelho

 

 

Biblioteca Nacional de Portugal

Serviço de Actividades Culturais

Campo Grande, 83

1749-081 Lisboa

Portugal


Tel. 21 798 20 00
Fax 21 798 21 40
Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar

 

Informações

Serviço de Relações Públicas
Tel. 21 798 21 68

Fax 21 798 21 38
Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar

 

 



Ruy Coelho (1889-1986)

MOSTRA | 1 Setembro - 8 Outubro | Sala de Referência | Entrada livre

 

ruy_coelho3

Mostra evocativa do compositor e da sua obra através de alguns dos manuscritos autógrafos, impressos musicais e textos literários que integram o seu espólio, doado à BNP em Maio de 2011.


Compositor, maestro e pianista, Ruy Coelho (1889-1986) nasceu em Alcácer do Sal tendo iniciado os seus estudos musicais numa Banda Filarmónica local. Aos quinze anos ingressa no Conservatório Nacional onde foi aluno de Alexandre Rey Colaço, António Eduardo da Costa Ferreira e Tomás Borba. Em 1910 viajou, primeiro para Berlim onde estudou com Engelbert Humperdinck, Max Bruch e Arnold Schönberg, e depois para Paris onde frequentou os cursos de Paul Vidal. De regresso a Portugal, em 1913, aproximou-se do movimento modernista (em obras como A princesa dos sapatos de ferro, 1915) e, a partir de 1922, do nacionalismo (Nun’Álvares, poema sinfónico, 1922, Inês de Castro, 1927). Esteve ligado à criação da companhia Bailados Portugueses Verde Gaio para a qual escreveu dois bailados sobre temas históricos (Inês de Castro, 1940, e D. Sebastião, 1943).

 

Manteve uma produção abundante até ao final da sua carreira como rui_coelho_espoliocompositor, reflectindo a mesma orientação nacionalista que vinha desenvolvendo desde os anos 20 e que podemos encontrar expressa em três vertentes: a utilização de elementos folclóricos (Rapsódia portuguesa, 1935, Rapsódia de Águeda, 1953, Viagens na minha terra, 1964-1967), a evocação historicista (D. João IV, 1940, O castelo de Lisboa, 1962, Sinfonia henriquina, 1966) e a ópera portuguesa (Inês Pereira, 1951, Auto da Alma, 1960, e Auto da Barca da Glória, 1970).

 

De personalidade vincada e controversa, envolveu-se em polémicas com vários músicos como Júlio Neuparth, Viana da Mota, Luís de Freitas Branco e Hermínio do Nascimento, tendo mantido com estes acesas polémicas na imprensa, das quais a mais célebre foi com o jovem Fernando Lopes Graça. Colaborou regularmente com diversos jornais de Lisboa como crítico de música durante toda a sua carreira e publicou diversas recolhas de artigos e de intervenções, em particular sobre a organização do teatro lírico nacional.

 

Ruy Coelho deixou uma obra vasta e diversificada tendo composto numerosas obras de música orquestral, óperas, bailados, música coral, música para cinema e ainda peças para piano, canções e música de câmara.

 

O Espólio doado à BNP inclui maioritariamente manuscritos (autógrafos e cópias), materiais de orquestra e impressos da sua obra musical, vindo enriquecer a colecção de Música da BNP que integra já os espólios de grandes compositores do século XX, designadamente Augusto Machado, Vianna da Motta, Armando José Fernandes, Luís de Freitas Branco ou Joly Braga Santos.