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Curriculum vitae de José Augusto


José Augusto

Retratos, Naturezas Mortas e Jardins Intemporais

EXPOSIÇÃO | 17 Fevereiro - 30 Abril | Galeria-corredor do Auditório | Entrada livre

 

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Do espólio deixado pelo pintor José Augusto (1922- 2005) continua a ser possivel seleccionar um conjunto de obras do seu  singular percurso: Retratos, Naturezas Mortas e Jardins Intemporais, é a quarta mostra depois da exposição antológica na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em 2003, ainda com a presença do artista.

 

O pintor José Augusto nasceu na cidade de Portimão  em 1922 e veio com catorze anos para Lisboa para se inscrever na Escola António Arroio, com o propósito de seguir uma carreira artística. Órfão de pai quando tinha apenas seis anos, foi forçado a optar por se dedicar  à aprendizagem artística em tempo pós laboral. Acabou o curso de Comércio na Escola Veiga Beirão e empregou-se numa empresa multinacional onde permaneceu até se reformar antecipadamente, para poder dedicar-se  em tempo inteiro à pintura e gravura. Pertenceu ao Circulo Mário Augusto, à Sociedade Portuguesa de Gravadores Portugueses e à Sociedade  Nacional de Belas-Artes, sempre interessado nos projectos destas Instituições.

 

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Foi aluno de Domingos Rebelo, que o retratou. Influenciado pela arte europeia, foi para Paris durante os períodos de férias para frequentar a  Academia de La Grande Chaumière. Em 1958 pinta o seu segundo auto-retrato. O primeiro tinha sido elaborado nas aulas de Domingos Rebelo. De feição cubista este retrato para além das características da semelhança com o modelo é também uma composição de pintura. Esta obra, feita de manchas espatuladas, fixa a expressão fisionómica, mas também psicológica, dando a ver os dois lados da sua personalidade: o da razão e serenidade, e o da utopia e do sonho.

As influências recebidas dos movimentos impressionistas levam-no a um pequeníssimo período pontilista, que mais tarde viria a desenvolver a partir dos anos Oitenta, até falecer (2005),   e  a que Madalena Carretero designou por “Jardins Intemporais”.


Dividido entre arte figurativa e arte abstracta, sentiu sempre uma enorme necessidade de mudar de estilo, atribuindo a cada obra um elevado grau de exigência artística que permaneceu ao longo do tempo. Em 2005 faria 83  anos e no último quadro que realizou e que não chegou a assinar apontava novamente para um retorno à figuração. Com o conhecimento de que lhe restava pouco tempo, lamentou-se e disse: "que pena, pois ainda tinha muitos projectos para realizar".

Maria  Gabriel
Linda-a-Velha, 14 de Janeiro de 2011