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Encontro com...

Mário de Carvalho

SESSÃO | 1 Junho 2010 | 18h00 | Auditório BNP | Entrada livre

 

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Dando continuidade ao programa Encontro com…, organizado pela Biblioteca Nacional de Portugal e pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, realiza-se a edição do segundo trimestre de 2010 centrada na personalidade e obra de Mário de Carvalho.

A sessão conta com a presença do escritor e as intervenções de Paula Morão, que introduz a obra, e de Teresa Almeida que analisa o último livro publicado: A Arte de Morrer Longe.

Mário de Carvalho nasce em Lisboa em Setembro de 1944.

Desde muito cedo interessado pela política inicia a sua militância anti-fascista nas lutas estudantis. Licencia-se em Direito em 1969. Encarcerado em Caxias quando prestava o serviço militar, exila-se em França e depois na Suécia. Em 1974 regressa a Portugal com a Revolução de Abril. Desde então advoga em Lisboa, faz jornalismo, colabora literariamente em revistas e jornais, tem leccionado escrita de argumento e de teatro (na Escola Superior de Teatro e na Faculdade de Letras de Lisboa) e de literatura criativa (org. pelos Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e a Sociedade Portuguesa de Autores), traduzido obras de autores de culto, assinado guiões para o palco, a televisão e o cinema e é autor duma indeclinável ficção.

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Empenhado na desconstrução romanesca é já considerado pela crítica como um dos mestres do romance português contemporâneo tendo em conta a revisitação de varios tempos históricos e a frequência de géneros, temas e formas cuja inventiva e modernidade também lhe têm feito merecer o apreço colectivo, a larga premiação e a vontade tradutiva de vários idiomas até os menos prováveis como o grego, o búlgaro ou o servo-croata.

Definindo-se como marginal aos cânones literários são-lhe do mesmo modo estranhas as escolas conhecidas, embora ele se assuma discípulo dos grandes clássicos da literatura portuguesa no trabalho da língua.

Adepto duma historiografia pós-moderna (para a qual a verdadeira História é mais a dos escritores do que a dos historiadores), sustentada por um grande conhecimento das épocas e dos seus actores, Mário de Carvalho opta pelo relato histórico e o fantástico, pelo conto, o romance e a novela utópicos que questionam ironicamente a veracidade dos próprios discursos, alguns efabulados sobre reconhecíveis factualidades históricas (abolidas dos topoi do tempo e do espaço oficiais) por entre as quais divaga com um realismo e um humor pessoalíssimos.

A dramaturgia de quem também assevera que "estamos impregnados de cinema", é igualmente uma das mais importantes da actualidade e tem sido posta em palco por alguns dos grupos inovadores da cena portuguesa entre os quais O Bando, Novo Grupo, o Teatro da Malaposta, a Oficina do Teatro.

Estreia-se, em 1981, no volume antológico Mar, a que faz seguir, no mesmo ano, o seu primeiro livro: Contos da Sétima Esfera, 1981.

Sucedem-se, a partir de então:
Casos do Beco das Sardinheiras (Contos), 1982; O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana (Romance), 1982 - Prémio Cidade de Lisboa 1983; A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho (Contos), 1983; Fabulário (Contos), 1984; Contos Soltos, 1986; A Paixão do Conde de Fróis (Romance), 1986 - Prémio D. Dinis da Fundação da Casa de Mateus ex aequo; E se Tivesse a Bondade de Me Dizer Porquê? em colab. com Clara Pinto Correia, 1986; Os Alferes (Novelas), 1989; Quatrocentos Mil Sestércios / O Conde Jano (Novelas), 1991 - Grande Prémio do Conto APE 1992; Água em pena de pato (Teatro), 1991; Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde (Romance), 1994 -  Grande Prémio APE do Romance e Novela 1995; Prémio Pégaso da Literatura Brasil  1996; Prémio Literário Fernando Namora 1996; Era Bom que Trocássemos Umas Ideias Sobre o Assunto (Romance), 1995; Apuros de um Pessimista em Fuga (Novela), 1999 ; Se Perguntarem por Mim, Não Estou / Haja Harmonia (Teatro), 1999; Contos Vagabundos, 2000; Fantasia para dois coronéis e uma piscina (Romance), 2003 - Prémio ITF/ DST; O Homem que Engoliu a Lua (Infanto-juvenil), 2003; A Sala Magenta (Romance), 2008 - Prémio Literário Fernando Namora 2009; A Arte de Morrer Longe (Novela), 2010