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Papa Bento XVI

MOSTRA | 4 - 18 Maio 2010 | Sala de Referência | Entrada livre

 

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Por ocasião da visita a Portugal de Sua Santidade o Papa Bento XVI, a Biblioteca Nacional de Portugal organiza uma mostra bibliográfica da sua vida e obra.

Professor, teólogo, amante da música e da natureza, eleito há cinco anos Pontífice da Igreja Católica, tem enfrentado - com abertura, determinação e serenidade - numerosas controvérsias e alimentado esperanças, a nível mundial, como referência intelectual e social.

Nascido nas montanhas da Baviera a 16 de Abril de 1927, Jozeph Ratzinger viveu a infância e a adolescência na localidade de Traustein, fronteiriça à Áustria. Os pais proporcionaram-lhe, como aos seus dois irmãos, uma sólida formação cristã, humana e cultural. A vila onde cresceu, situada a 30 quilómetros  de Salzburgo, permitiu-lhe consolidar, em ambiente por ele definido como “mozartiano”, a sua formação musical e prática ao piano. Por outro lado, entusiasmavam-no os clássicos latinos, a matemática e autores como Goëthe, Einchendorf, Mörike, Storm, Stifter.
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O período da juventude foi atribulado, coincidindo com a Segunda Guerra Mundial, tendo sido mobilizado em 1943 para a Força Aérea Alemã. Em Maio de 1945, os Aliados alcançaram Traustein, ficando retido num campo com cerca de 50.000 prisioneiros, junto a Ulm, conseguindo levar consigo apenas “um caderno e um lápis que se revelou maravilhosa companhia pois, dia após dia, pude registar pensamentos e reflexões de todo o tipo”.

Retomou, finalmente, os estudos em Frisinga, onde leu assiduamente Claudel, Bernanos, Mauriac, Langgässer, Wiechert, Dostoievski e muitos outros autores. Concluído o curriculum teológico em Munique, foi ordenado em 1951, iniciando actividade como professor. Em 1953 doutorava-se em Teologia com tese sobre Santo Agostinho.

papa_capa_01Até 1969 prosseguiu a docência em Bona, Münster, Tubinga e Ratisbona. Teve presença assinalada no Concílio Vaticano II. Nomeado Arcebispo de Munique e Frisinga em Março de 1977 pelo Papa Paulo VI, recebeu a ordenação episcopal em Maio e foi nomeado Cardeal em Junho. Escolheu como lema “Cooperatores veritatis” (colaboradores da verdade), atitude que lhe é particularmente cara como pensador. Em 1981, o Papa João Paulo II nomeou-o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e Presidente da Comissão Bíblica e Teológica Internacional. O seu espírito ecuménico está bem patente nos contributos diversificados que recolheu para o novo Catecismo da Igreja Católica, logo best-seller, publicado em 1992.

Doutor honoris causa por numerosas universidades, a actividade múltipla na Cúria Romana levou-o ao conhecimento profundo da situação das Igrejas Orientais, à procura da melhor via para a evangelização dos povos e à promoção da unidade dos cristãos, conseguindo sucessos no reencontro entre o Vaticano e a Igreja Anglicana e na aproximação aos judeus. Intelectual inquieto, reúne-se anualmente com seus antigos alunos, resultando quase sempre desse debate uma publicação sobre o pensamento contemporâneo. Preocupa-o a situação da Europa na indiferença do seu percurso espiritual e moral, esquecida de um dos seus pilares fundacionais: a raiz cristã. Testemunho dessa preocupação são as obras publicadas desde os anos sessenta: A Igreja e a nova Europa, Deus e o mundo, Diálogos sobre a fé, A Revolução de Deus, Jesus de Nazaré.

Eleito Papa a 19 de Abril de 2005 enfrenta dentro e fora da Igreja questões controversas, procurando consolidar a “Verdade na caridade”, título de uma das cartas pontifícias. O seu sentido de humor, frequentemente disfarçado devido a certa timidez de temperamento que não esconde, desconcerta o interlocutor, bem como o apreço pelos animais, nomeadamente, o gato e o urso. Aliás, ostenta este último no escudo papal, carregado com um fardo, recordando a lenda alemã de S. Corbiniano, que amansou a fera, obrigando-a a acompanhá-lo até à Cidade Eterna.