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Biblioteca Nacional de Portugal

Serviço de Actividades Culturais

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Portugal


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Dias: 16, 21, 23, 28 e 30 Setembro | 7, 12, 14, 19, 21 Outubro

 

Terças e Quintas, a partir de 16/09,  no seguinte horário:
Manhã: 10h30, 11h30
Tarde: 15h00

14 Janeiro (sext.) | 15h30

 

Catálogo:

 

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1910 – o ano da República

EXPOSIÇÃO | 26 Maio 2010 - 31 Janeiro 2011 | Galeria - corredor do Auditório | Entrada livre

 

manuscrito_raul_brandaoExposição com que a Biblioteca Nacional de Portugal pretende comemorar o centenário da República e cuja inauguração conta com a presença do Secretário de Estado da Cultura.

Ao longo de Doze Temas de um Calendário Republicano, a exposição passa em revista algumas das grandes questões que alimentaram o ideário republicano e abriram caminho à mudança de regime em Portugal, através do olhar crítico e a palavra céptica de Raul Brandão. Este escritor não foi consabidamente a voz de uma revolução, nem sequer uma voz na revolução, quando falamos do advento da República em Portugal, mas as suas Memórias constituem uma "legenda" sugestiva de um tempo, um modo expressivo de "reconstituir a atmosfera" dos acontecimentos que conduziram à queda do regime monárquico e, em especial, dos lances revolucionários mais próximos da proclamação do novo regime republicano.

j-3132-m_rotundaDa repressão às estruturas revolucionárias clandestinas ou à imprensa republicana, tão empreendedora como inovadora, até ao desenlace carbonário que assegurou o sucesso da revolução e ao estado de graça da governação republicana – o temário sugerido pelo curso dos principais acontecimentos ao longo de 1910 inclui ainda referência à (im)possibilidade de uma identidade nacional em torno do centenário de Alexandre Herculano e à dogmática de raiz positivista, escudada no determinismo científico, sugerida pela dupla "visita" do esperado Halley e do imprevisto "Drake"; o programático impulso revolucionário, sem deixarem de subsistir contradições de fundo sobre a sonhada República, era confirmado pelo último congresso republicano em regime monárquico, logo após confrontado com o desempenho no derradeiro acto da "ignóbil porcaria" eleitoral, a contra-gosto, porém duramente disputado e com resultados em parte vitoriosos para os republicanos; a imagem moral do ideário republicano impunha-se sob um clima de estertor final da oligarquia político-económica do regime monárquico, evidenciado tanto nos grandes escândalos financeiros quanto nas rupturas e impasses do velho rotativismo governativo da monarquia liberal, mas também sob o pano de fundo social de crise que emergiu em importantes greves operárias, mais ou menos estruturadas, e outros protestos laborais; finalmente, o ano de 1910 encerra-se com dois dos grandes ícones republicanos, a bandeira nacional e A Portuguesa, que foram a cor e o som de um ideário.