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Stravinski em São Carlos

Perséphone, Renard e Le Rossignol

EXPOSIÇÃO | 30 Março - 8 Maio | Galeria | Entrada livre

 

stravinski_m-1447-v_48Vulgarmente reconhecido como um dos compositores mais influentes e multifacetados da sua época, Igor Stravinski (1882 – 1971) teve, e continua a ter, a sua música amplamente tocada por todo o mundo. A projecção da sua obra deve-se, em parte, à diversidade estilística: no decurso da sua longa carreira participou nalgumas das tendências musicais mais relevantes do século XX, desde o neo-nacionalismo dos primeiros bailados a uma interpretação muito pessoal do método serial nos últimos anos. Stravinski deu, aliás, um impulso importante a algumas destas tendências e exerceu uma enorme influência sobre as gerações vindouras de compositores, para quem continua a servir de inspiração.

Em certa medida, a geografia móvel da sua vida reflecte-se no seu trabalho, com os seus complexos padrões de influência e alusão:
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nascido na Rússia, viveu em Paris em 1910-14, depois na Suiça entre 1914-20, de novo em Paris desde 1920-39, tendo-se naturalizado cidadão francês em 1934, e depois nos E.U.A. até ao final da sua vida, tornando-se cidadão norte-americano em 1945. No entanto, nunca perdeu contacto com suas origens e, mesmo depois de abandonar os materiais reconhecidamente russos ou de idioma eslavo implícito, a sua música manteve uma continuidade ininterrupta de técnica e pensamento. Paralelamente ao reconhecimento que recebeu pelas suas composições, também alcançou fama como pianista e maestro.

Nesta exposição, em parceria com o Teatro Nacional de São Carlos e integrada no programa Música na Biblioteca, poderão ser vistos figurinos e adereços de Le Rossignol (conto lírico em três actos, com libreto de Stepan Mitusov, segundo o conto de Christian Andersen, estreado na Ópera de Paris, em 26 de Maio de 1914), Renard (história burlesca em um acto para canto e instrumentos, com libreto do compositor, segundo um conto popular russo, estreado na Ópera de Paris, em 3 de Junho de 1922) e Perséphone (melodrama em três partes, com libreto de André Gide, estreado na Ópera de Paris em 30 de Abril de 1934), concebidos por Vera Castro, recentemente falecida, para as estreias em Portugal no Teatro Nacional de São Carlos, em Março de 1997, e também documentação relacionada com a vinda do compositor a Lisboa, em 1966, altura em que recebeu a Comenda de Santiago da Espada.
figurino

Vera Castro foi cenógrafa e figurinista para espectáculos de teatro e ópera com encenadores como Ricardo Pais, José Wallenstein, João Lourenço, Ana Tamen, Jorge Listopad, Rogério de Carvalho, Nuno Carinhas, Filipe La Féria e Cucha Carvalheiro. Criou ainda figurinos para obras de Olga Roriz, Paulo Ribeiro, Né Barros, Rui Lopes Graça e Mehmet Balkan.  Foi professora na Escola Superior de Teatro e Cinema de 1991 até 2007, ano em que se reformou do ensino, onde leccionou técnicas de desenho e pintura, figurinos, cenografia e cenotécnica. Como pintora, está representada na colecção do Ministério da Cultura e em colecções particulares. Realizou exposições, entre outros espaços culturais, na Casa da Cerca, em Almada (2002), e na Galeria do Teatro Municipal de Almada (2007).