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♦ Maria Judite de Carvalho, princesa da ironia por Urbano Tavares Rodrigues
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Maria Judite de Carvalho: 50 anos de vida editorial
MOSTRA BIBLIOGRÁFICA | 3 Novembro a 16 Janeiro de 2009 | Sala de Referência | Entrada livre
Cumpre-se este ano o cinquentenário do aparecimento de Maria Judite de Carvalho em volume - Tanta Gente Mariana – já programático de uma vida e de uma obra que os anos posteriores viriam a subscrever na sua atitude essencial. Seja nos termos éticos fundadores duma estética (já dominante na actividade plástica da autora anterior à sua opção profissional pela crónica intimista ou do quotidiano que assinou em várias revistas e jornais), seja na atenção aos desajustes entre o eu e o outro ou entre o passado e o futuro duma mesma consciência.
Em termos formais a respiração novelística, que animou os contos breves e os textos de maior fôlego, ou a melodia frásica, elíptica, que frequentemente induz leituras plurais de um significante primário, são algumas das características duma escrita cuja singularidade permanece indiscutível.
A radical independência de espírito de Maria Judite de Carvalho e o inconformismo com que, em tempos de ditadura, já retratava a pequena e a média burguesia urbana, os seus frustrados universos femininos, ou a medida existencial das pequenas coisas, rapidamente suscitaram a atenção do público e a dos decisores de um reconhecimento colectivo que em 1961 atribuiu o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco da SPA ao segundo livro publicado - Palavras Poupadas – e em 1998 coroou com o Prémio Vergílio Ferreira o conjunto da sua obra a pretexto de Seta Despedida.
PRÉMIOS ATRIBUÍDOS EM VIDA:
Prémio Camilo Castelo Branco
Prémio da Crónica da Associação Portuguesa de Escritores 1991
Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários 1995
Prémio da Associação Portuguesa de Escritores 1995
Prémio Pen Club 1995
Prémio Revista Máxima 1995
Prémio Vergílio Ferreira 1998
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