Biblioteca Nacional de Portugal
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♦ Programa Música na Biblioteca
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Celebrando… J. Haydn (1732-1809)
EXPOSIÇÃO | 1 de Outubro a 15 de Novembro de 2009 | Galeria Piso Principal | Entrada livre
Iniciativa integrada no Programa Música na Biblioteca, com a colaboração do Teatro Nacional de São Carlos e o apoio da Antena 2.
Nascido no seio de uma humilde familia austríaca, na vila de Rohrau, Joseph Haydn cedo revelou o seu talento musical e, com apenas seis anos de idade, seguiu para Viena onde recebeu instrução e estudou cravo e violino. Dois anos mais tarde integrou o coro de meninos da Catedral de Santo Estêvão, que teve de abandonar quando mudou de voz, aos 17 anos. Para sobreviver, deu aulas de cravo e tocou órgão e violino em igrejas e capelas privadas. Durante esse período conheceu o poeta e libretista da corte imperial, Pietro Metastasio e também o napolitano Niccolò Porpora, compositor de ópera e professor de canto, de quem apreendeu o conhecimento e recursos para a composição vocal no estilo italiano.
Em 1759 foi nomeado director musical da câmara do conde Karl von Morzin, da Boémia, e em 1761 é contratado pelo príncipe Paul Anton Esterházy como mestre de capela assistente, tornando-se titular do cargo em 1766, com a morte de seu antecessor, tendo então como patrono o príncipe Nicolaus, um grande amante de música. Na condição de músico da importante família Esterházy, desenvolveu a maior parte da sua carreira, entre Eisenstadt e Viena, compondo música para as festas e recepções da corte.
A vida de Haydn tomaria um novo rumo no ano de 1790: à morte do príncipe Nicolaus, sucedeu Paul Anton II que, não tendo grande interesse por música, permitiu a Haydn aceitar a oferta do empresário alemão Johann Peter Salomon para ir a Inglaterra e reger suas novas sinfonias com uma grande orquestra. As duas viagens, em 91 e 94, foram um sucesso e renderam algumas das mais famosas obras de Haydn, conhecidas como as “Sinfonias Salomon” ou “Sinfonias de Londres”.
Haydn regressa a Viena em 1795 como um homem rico com uma reputação internacional sem precedentes. Volta à corte da família Esterházy e dedica-se neste período essencialmente à composição de obras sacras para coro e orquestra, entre as quais seis missas dedicadas à mulher do seu novo patrono, o príncipe Nicolaus II. Em 1803 deixa de dirigir e de compor devido a problemas de saúde.
Durante os quase 30 anos que trabalhou na corte da família Esterházy desenvolveu e consolidou muitos dos géneros e recursos que identificam o estilo clássico. Considerado como o “Pai” da sinfonia, a sua produção compreende centenas de obras e abarca praticamente todos os géneros musicais, destacando-se mais de 100 sinfonias e 83 quartetos de cordas.
Na mostra agora patente podem ser apreciadas primeiras edições e cópias manuscritas da época de obras de Haydn, assim como publicações sobre o compositor, provenientes dos diversos fundos e colecções da Biblioteca Nacional de Portugal.
Especial relevo é, ainda, conferido à produção da ópera L'isola desabitata pelo Teatro Nacional de São Carlos em 1997, de que se apresentam trajes utilizados pelos cantores e uma maquete, à escala, do palco deste teatro, onde pode ser visionada uma gravação do espectáculo.
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