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José Estêvão (1809-1862) / Luís de Magalhães (1859-1935)

MOSTRA EVOCATIVA | 06 Julho - 07 Novembro 2009 | Sala de Referência | Entrada livre

 

foto-001_thumbJosé Estevão (1809-1862) foi e é unanimemente considerado o maior parlamentar português.

A vida política deste eloquente orador acompanhou as vicissitudes da implantação do liberalismo em Portugal após 1826. Combateu o miguelismo no batalhão académico, exilando-se depois  em Inglaterra. Após a vitória de D. Pedro, que lhe concedeu a condecoração da Torre Espada pela sua coragem em batalha na guerra civil travada no Porto (1833), José Estevão combateu ao lado dos Setembristas por uma concepção mais democrática do liberalismo constitucional. Adversário de Costa Cabral, José Estevão celebrizou-se não só como notável orador parlamentar, mas também como combatente de armas na mão durante a Revolta de Torres Novas (1844) e na Patuleia (1847). Aderiu em 1851 à Regeneração.

Jornalista, principalmente na Revolução de Setembro, militar revolucionário, advogado de causas perdidas que conseguiu ganhar no tribunal dadas as suas qualidades tribunícias, professor de economia política na Escola Politécnica, José Estevão é recordado, assim como seu filho Luís, nesta mostra da BNP, como  incansável lutador pelas suas ideias e pai extremoso, tendo morrido inesperadamente quando seu filho primogénito Luís Cipriano contava apenas três anos.

Luís de Magalhães (1859-1935), muito menos conhecido que seu pai, será também homenageado nesta exposição através da divulgação de alguns documentos do seu espólio, pertencente à BNP, que ilustrarão a sua actividade literária, iniciada nos bancos da universidade de Coimbra, e política. Relevante jornalista literário, dedicou-se também à política por pressão dos seus grandes amigos, alguns dos quais conhecidos como “Vencidos da Vida”. Apoiante do movimento “Vida Nova” dada a sua amizade com Oliveira Martins, aquando do Ultimato de Inglaterra (1890) contribui para a criação da “Liga Liberal”, convencendo Antero de Quental a aceitar a presidência deste movimento. Foi Governador Civil de Aveiro em 1892 durante o governo de Dias Ferreira e Oliveira Martins, e em 1897 deputado independente por Vila do Conde, sendo depois eleito pelo círculo eleitoral da Póvoa de Varzim nas eleições de 1899 e 1900.

A partir do novo século, Luís de Magalhães, que nunca abandonou a vida literária, tendo já publicado o seu mais conhecido romance O Brasileiro Soares (publicado em 1886) com prefácio do seu amigo Eça de Queirós, lança-se numa vida política mais activa, defendendo os seus ideais monárquicos, tendo sido Ministro dos Negócios Estrangeiros no governo de João Franco e, após as incursões monárquicas de Paiva Couceiro durante a I República, assegurou a pasta do MNE durante o breve período que durou a fracassada “Monarquia do Norte” (1919).