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Celebrando… Mendelssohn (1809-1847)
EXPOSIÇÃO | 4 de Junho a 18 de Julho de 2009 | Galeria Piso Principal | Entrada livre
Iniciativa integrada no Programa Música na Biblioteca, com a colaboração do Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.
Nascido no seio de uma abastada família berlinense, Mendelssohn recebeu uma esmerada educação humanística. Iniciou os estudos de música aos seis anos, com sua mãe, e em de 1817 começou a estudar composição com Zelter, cuja influência se manifestou também no seu posterior interesse pela obra de Bach. Ainda muito jovem iniciou a sua actividade de concertista, lado a lado com a sua irmã Fanny (1805-1847), também ela um brilhante talento musical. Ao sucesso infantil na Alemanha, sucederam-se as viagens pela Europa, sendo a Inglaterra o país onde o jovem músico foi mais bem recebido, tanto como pianista como maestro.
Dotado de grande versatilidade, a sua actividade musical desenvolveu-se como pianista e organista, maestro e, acima de tudo, como compositor. A sua produção vai da música cénica à música de câmara, e das extensas obras para grandes conjuntos instrumentais às obras breves, quase apontamentos. Ainda jovem, Mendelssohn foi atraído pela ópera, podendo referir-se o seu especial interesse pelo Singspiel (ou ópera cómica), mas a falta de sucesso neste género desviou a sua actividade para outros campos; no plano da música coral-sinfónica deixou duas oratórias completas, Paulus e Elias, e uma incompleta, Christus. Na sinfonia são mais conhecidas a Escocesa e a Italiana, reflectindo a influência de estadas na Escócia e em Roma, e que mostram a sua capacidade melódica e a riqueza da instrumentação; no entanto, as cinco grandes sinfonias da maturidade foram antecedidas por doze sinfonias breves para orquestra de cordas, escritas na adolescência, época em que escreveu algumas das suas obras-primas, como o Octeto op. 20, ou a abertura que viria a ser incluída no Sonho de uma noite de Verão. A sua produção para piano, que reflecte a facilidade de que a sua música é, por vezes, acusada, inclui os oito ciclos das Canções sem palavras.
Cultivou o concerto e a música de câmara, quer vocal (canto e piano), quer instrumental; uma faceta menos conhecida da sua obra é a da música para órgão.
Mendelssohn preocupou-se ainda, em apoiar os jovens compositores do seu tempo (Berlioz e Schumann, por exemplo), bem como jovens músicos desfavorecidos no plano económico, para os quais abriu um Conservatório.
A mostra agora patente na Biblioteca Nacional de Portugal procura exemplificar os diversos géneros cultivados pelo compositor e ainda a grande difusão da sua obra. As Canções em palavras, por exemplo, foram editadas na Alemanha, em Inglaterra, em França, e reeditadas sucessivamente. O 2.º Concerto para piano surge aqui numa redução para dois pianos, de Czerny (1791-1857), um dispositivo que, se proporcionou sem dúvida uma mais fácil difusão da obra, demonstra também o interesse que havia pela sua execução.
Também em Portugal foram feitas diversas edições da obra deste autor, ilustradas aqui por uma transcrição fácil de Campos Coelho (1903-1988), no intuito de dar a conhecer aos seus alunos de piano a grande literatura para o seu instrumento.
A mostra confere, ainda, especial relevo às produções do Sonho de uma noite de Verão, da Companhia Nacional de Bailado, ilustradas com os trajes utilizados pelos bailarinos e com um conjunto de fotografias da autoria de Amir Sfair e de Alceu Bett, referentes ao espectáculo de 1995.
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