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Informação sobre o catálogo

 

 


O ano de 1909

MOSTRA EVOCATIVA | 16 de Fevereiro a 16 de Maio de 2009 | Entrada livre

 

capa_1909_thumbDepois do regicídio de 1908, que prenunciou a queda da monarquia, a «Acalmação», que D. Manuel II pretendera aplicar, ficou longe de fazer face à instabilidade política endémica no final do regime, encabeçado por um monarca jovem e inexperiente, sob a tutela da rainha viúva D. Amélia, e que conheceu quatro governos ao longo do ano de 1909. Perante o estado de verdadeira crise, o próprio Bernardino Machado, representante de uma ala até então moderada e contemporizadora do republicanismo, reconhecia que «os erros passados e actuais da monarquia tornavam inevitável a eclosão de manifestações revolucionárias», como assinala Amadeu Carvalho Homem na introdução ao catálogo. 1909 tornou-se no ano da Carbonária, «verdadeiro braço armado» da revolução republicana em gestação, sendo certo que o novo Directório do Partido Republicano, eleito a 25 de Abril, em que pontificavam José Relvas, Basílio Teles e Eusébio Leão, reflectiu a vitória da facção revolucionária.

Do lado oposto, algumas importantes figuras da Cultura Portuguesa na transição de séculos, alguns dos «Vencidos da Vida», como o Conde de Arnoso e Ramalho Ortigão, deram o tom mais extremo às vozes monárquicas, por muito que este último viesse a reconhecer falta de estatura moral ao regime e, por isso, concedido tal primazia às figuras relevantes do campo republicano. Se é verdade que este não constituía um campo homogéneo, as tentativas cada vez mais insistentes de acerto de posições e de acções conspirativas não deixava de indiciar o rigor na preparação do último assalto ao edifício monárquico: daí a importância dos papéis desempenhados por António José de Almeida na mediação entre o Directório e a Carbonária e por João Chagas junto das guarnições militares de Lisboa.

O Ano de 1909 traça o calendário destes trajectos e enfatiza os passos mais relevantes que antecederam a implantação da República, centenário que a BNP já começou a assinalar com as mostras evocativas 1907 - No advento da República e 1908 - Do Regicídio à ascensão do Republicanismo, acompanhadas da edição dos respectivos roteiros.