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Portrait d’un homme d´État: D. Rodrigo de Souza Coutinho, Comte de Linhares, 1755 – 1812

de Andrée Mansuy-Diniz da Silva

APRESENTAÇÃO DA OBRA | 24 de Junho de 2008 | 18h00 | Galeria BNP | Entrada livre

 

portrait_dun_homme_thumbA obra apresentada na Biblioteca Nacional de Portugal é um estudo biográfico aprofundado, acompanhado de uma edição crítica de uma parte dos documentos inéditos que foram utilizados para a sua elaboração. No primeiro volume, Les années de formation, 1755-1796, é estudada detalhadamente a educação de um jovem nobre, a sua formação como jurista na Universidade de Coimbra e o seu primeiro emprego como Enviado extraordinário e Ministro plenipotenciário em Turim (1779 a 1796). Leitor atento de Adam Smith, particularmente interessado nas questões económicas e financeiras da sua época, o Conde de Linhares foi um espectador atento da Revolução Francesa e das suas repercussões na Europa. Em 1796, testemunhou a invasão do Piemonte pelas tropas francesas conduzidas pelo general Bonaparte.

No 2º volume, L’Homme d’État, é analisada a sua participação no governo da rainha D. Maria I e do príncipe D. João, a partir de Setembro de 1796. Primeiro, como Ministro da Marinha e dos Domínios Ultramarinos (de 1796 a 1801), depois como Presidente do Erário Régio e Ministro dos Negócios da Fazenda ( 1801 a 1803), teve a coragem de propor ambiciosos projectos de reforma da administração portuguesa, principalmente no domínio das finanças, tendo sido uma das vozes que exortaram o Príncipe D. João a resistir às pressões da França e Espanha para separar Portugal da sua secular aliança com a Grã-Bretanha. Afastado do governo entre 1803 e 1807 devido à sua hostilidade à política francesa, D. Rodrigo de Souza Coutinho retomou o seu lugar no Conselho de Estado no Verão de 1807, tendo sido um dos promotores da transferência de toda a família real para o Brasil. Ele próprio partiu para o Brasil com a Corte, e foi no Rio de Janeiro que, em Março de 1808, foi convidado para o cargo governativo de Ministro da Guerra e dos Negócios Estrangeiros, sucedendo assim a António Araújo de Azevedo. De facto, ele assumiu uma posição de excepção como conselheiro do Príncipe Regente, não somente nos assuntos inerentes ao seu ministério, mas também numa ampla gama de matérias sobre as quais tinha uma competência efectiva. A sua actuação contribuiu fortemente para a transformação da colónia na verdadeira metrópole do vasto império português, conforme tinha preconizado desde 1797, podendo hoje afirmar-se sem hesitações que ele lançou os alicerces das principais instituições administrativas, culturais e militares do futuro Estado brasileiro independente.

Nesta obra descobrimos, pois, uma personagem chave da transição política e económica do Império português para o liberalismo do séc. XIX.

Sobre a autora

Além de diversos artigos publicados em periódicos portugueses e franceses, bem como várias comunicações apresentadas em colóquios internacionais, a Professora Andrée Mansuy-Diniz Silva já tinha dedicado uma antologia crítica a esta marcante personalidade do Antigo Regime, editada em 1993 pelo Banco de Portugal, na sua Colecção de Obras Clássicas do Pensamento Económico Português sob o título D. Rodrigo de Souza Coutinho: Escritos políticos, económicos e financeiros.