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Manuscrito de Indícios de Ouro, de Mário de Sá-Carneiro (1913-1915) adquirido pela BNP


Indícios de Ouro de Mário de Sá-Carneiro (1913-1915)A Biblioteca Nacional de Portugal adquiriu, em leilão, em Dezembro de 2007, um importante manuscrito de Mário de Sá-Carneiro (1890-1916), poeta e ficcionista, um dos expoentes máximos do Modernismo Português e um dos mais destacados membros da Geração de Orpheu.

Trata-se de um conjunto de 32 poemas, em caderno de capa azul, intitulado Indicios de Ouro, passados a limpo pelo poeta com vista à sua publicação, e enviados de Paris ao amigo Fernando Pessoa, pouco antes da sua morte. Este manuscrito reveste-se da maior importância, não só pela obra em si, visto tratar-se «não duma colectânea de dispersos, mas duma obra que só a morte impediu de publicar, e cujo título e ordenação ele próprio determinou» (Nota dos editores, p. 83), mas também pelo facto de serem raros os manuscritos de Sá-Carneiro, desaparecidos desde a sua morte.

Fernando Pessoa já era, desde 1913, depositário das suas produções: cartas, poemas, contos e projectos que lhe iam sendo enviados e que fazem hoje parte do seu espólio. Versões anteriores de nove poemas desta colectânea estão incluídas em cartas que lhe foram remetidas.

Após a morte do poeta, Pessoa foi publicando alguns poemas de Indícios de Oiro em revistas, como Contemporânea, Athena ou Presença. Quando os editores da Presença se propuseram editar a obra, Fernando Pessoa cedeu-lhes uma cópia completa da colectânea, de que foi feita a 1ª edição: Indícios de Oiro, Porto: Presença, 1937. Neste leilão foram também adquiridos dois cadernos, com o título «Orpheu 1» e «Orpheu 2» (ca 1915), que incluem recortes de imprensa organizados pelo autor, com destaque para a polémica associada à revista de que o próprio foi editor, e duas páginas com notas pessoais.

Estes documentos, cuja aquisição foi financiada pelo Fundo de Fomento Cultural, estiveram até à data na posse da família de Pessoa, foram juntar-se aos outros que já fazem parte do espólio existente no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea (ACPC), com a cota BNP Esp. E3. Alguns escritos de juventude (anteriores à sua partida para Paris) integram também os fundos do ACPC, nas colecções reunidas por João Pinto de Figueiredo (Esp. N25) e François Castex (Esp. N50).