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Fabio Tononi é doutorado pelo Warburg Institut de Londres e estuda a relação ciência - arte, com particular incidência nas neurociências
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Ciência e Cultura - Quebrar fronteiras
Arte médica e inteligibilidade filosófica em Francisco Sanches

SEMINÁRIO | 12 abr. '23 | 14h30 | Sala Multimédia | Entrada livre

 

A emergência da medicina racional na Grécia clássica é indissociável do processo de constituição da filosofia. A noção axial é, em ambos os casos, a noção de physis (natureza), entendida como ordem cósmica, curso regular dos fenómenos, génese e desenvolvimento dos seres.

 

A afinidade entre filosofia e medicina manteve-se até ao século XVIII, mas foi no período do renascimento que ela atingiu a sua máxima expressão. A obra de Francisco Sanches Quod Nihil Scitur (1581) é um caso exemplar de uma investigação filosófica conduzida segundo o modelo da arte médica. Daí resulta uma análise minuciosa da prática científica na busca de uma verdade válida por si mesma. Tal verdade encontra-se no sentimento interno ou na experiência de si, quer dizer, num cogito sensível. Reside aí o cerne da filosofia e da arte médica.

 

 

 

Sobre o orador

 

adelino_cardosoAdelino Cardoso é doutorado em Filosofia pela Universidade de Lisboa, é Investigador Integrado do CHAM - Centro de Humanidades, NOVA FCSH. Os seus interesses de investigação distribuem-se pela filosofia moderna, pensamento português, fenomenologia, história e filosofia da medicina. Coordenou projectos interdisciplinares articulando nomeadamente filosofia, medicina, história e literatura: "Filosofia, Medicina e Sociedade" (2007-2011); "O conceito de natureza no pensameno médico-filosófico na transição do século XVII ao XVIII" (2012-2015) e "Arte médica e inteligibilidade científica na Archipatologia de Filipe Montalto" (2013-2015). Publicou um vasto número de artigos em revistas especializadas e vários livros, entre os quais, Leibniz segundo a expressão (1992), Fulgurações do eu. Indivíduo e Singularidade no pensamento do Renascimento (2002), Vida e percepção de si. Figuras da Subjectividade no século XVII (2008), Labirinto do eu (2019). Coordena uma das secções da "História global do pensamento português", coordenada por José Eduardo Franco e Samuel Dimas. É membro da Comissão de Ética do Instituto Português de Oncologia e do Conselho de Ética da Fundação Champalimaud.