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Folha de sala

 

 

Visitas guiadas por Paulo Baptista
26 de mar. – 15h00
31 de mar. - 18h00
20 de abr. - 18h00
30 de abr. - 15h00

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Folha de sala

 

 

 

 

 

 

 



Viagem a um país desconhecido
Emílio Biel – A Arte e a Natureza em Portugal

Exposição | Sala de Exposições - Piso 2 | 8 mar- 3 maio ‘22 | Entrada livre

ENCONTRO | 21 abril  '22 | 17h00 | Sala de Exposições Piso 2 | Entrada livre
Encontro sobre o fotógrafo Emílio Biel, moderado por Paulo Baptista, comissário da exposição, com a participação de Ana Duarte Rodrigues e Hugo Pereira (CIUHCT).


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Em meados de Oitocentos, Portugal era um país em grande medida desconhecido. O principal meio de transporte entre Lisboa e Porto era o barco. Uma das mais importantes obras literárias do romantismo nacional - Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett - descreve um percurso entre Lisboa e Santarém, de vapor, pelo Tejo. Os pintores românticos, que introduziram a paisagem como género, seguiram um programa estético em grande medida idealizado, fruto de uma descoberta lírica do país, como sugere José-Augusto França.


Viagem a um país desconhecido que consideramos ter representado a publicação de A Arte e a Natureza em Portugal foi possível porque, nas décadas seguintes, o fontismo lançou um ambicioso programa de obras públicas, particularmente de construção das linhas de caminho de ferro. A Casa Biel, a mais importante casa fotográfica portuguesa, recebeu o encargo de fotografar a construção de parte dessas linhas. Essas imagens foram publicadas em álbuns de fotogravuras e em gravuras de madeira na mais importante publicação ilustrada portuguesa, O Occidente. Na mesma publicação podemos seguir o levantamento fotográfico sistemático de paisagens e de monumentos de várias partes, mais ou menos recônditas do país, que a Casa Biel, ao mesmo tempo, também ia levando a cabo. Dessa forma, estavam lançadas as bases para a publicação de A Arte e a Natureza em Portugal.


viagem_2Desde 1880 que a Casa Biel começou a publicar obras com fotogravuras, pelo processo da fototipia, e logo surgiu a proposta de publicar um grande álbum fotográfico de paisagens e monumentos portugueses. Contudo, as primeiras tentativas foram precocemente goradas. Face à falta de apoios, a publicação de A Arte e a Natureza em Portugal acabou por só se concretizar a partir de 1902. Provavelmente, o longo tempo de amadurecimento do projeto conferiu-lhe maior solidez e permitiu angariar as contribuições de uma plêiade de intelectuais portugueses, de que se destacaram Joaquim e Carolina Michaelis de Vasconcelos. A colaboração de Joaquim de Vasconcelos conferiu às iniciativas de Biel a robustez científica assegurada pelo primeiro historiador de arte português.


Esta exposição pretende retratar a viagem a um país desconhecido através da fotografia de Emílio Biel e da sua obra Arte e a natureza em Portugal.