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Acervo da Academia de Amadores de Música doado à BNP

NOTÍCIA | 22 fev. '22


Na sequência da assinatura de Termo de Doação entre a Academia de Amadores de Música (AAM), representada no ato pelo seu Presidente da Direção Administrativa, João Pedro Martins Barata, e a BNP, já deu entrada nesta Instituição o acervo daquela Academia.


gazeta_musicalO acervo da AAM inclui documentação desde a sua fundação, em 1884, até aos nossos dias e é constituído por diversas coleções: partituras manuscritas e impressas, monografias, iconografia, gravuras, programas de concerto, bem como o arquivo histórico da instituição e documentação pertencente à redação do periódico Gazeta musical. Esta doação vem enriquecer as coleções de música da BNP, onde já se encontram acervos de outras proveniências de grande relevância como o  Conservatório Nacional, o Fundo do Conde de Redondo ou o Espólio de Viana da Mota, entre muitos outros.


A Academia de Amadores de Música é uma associação cultural sem fins lucrativos de Utilidade Pública. Foi fundada em Lisboa por um grupo de sócios da orquestra da Sociedade Guilherme Cossoul, com o propósito de “difundir o gosto pela boa música, por meio de cursos regulares, concertos sinfónicos, palestras”. O rei D. Luís I, seu Presidente Honorário, concedeu-lhe o título de Real Academia. Desde a fundação, a AAM tem desenvolvido uma intensa atividade artística e pedagógica. Criou uma orquestra que esteve ativa até 1942 (interrompida entre 1917 e 1932) sob a direção de maestros como Filipe Duarte e Pedro Blanch e em que participaram solistas como Guilhermina Suggia, Viana da Mota ou Maria Helena Sá e Costa. Entre os anos1950 e 1970 foram realizados centenas de recitais que permitiram conhecer intérpretes como Olga Prats, Dulce Cabrita ou Vasco Barbosa e ouvir em estreia nacional ou mundial obras de Bela Bartok, Schoenberg, Webern ou Fernando Lopes Graça.


A Escola da AAM já formou milhares de alunos e foi pioneira na introdução de novos métodos de ensino com o contributo de professores como Padre Tomás Borba, Ernesto Vieira, Francine Benoît, e Jorge Peixinho, entre outros. A partir de 1941, Fernando Lopes Graça ingressou na Academia como diretor artístico adjunto e professor de piano. Até ao seu falecimento em 1994, será a figura tutelar da AAM. Em colaboração com a pianista Maria da Graça Amado da Cunha e o crítico João José Cochofel, entre outros, Lopes Graça desenvolveu projetos que marcariam profundamente o perfil da instituição: a criação da Sociedade Sonata (1942-1960), dedicada à difusão de música contemporânea; a formação do Coro da Academia de Amadores de Música, com o qual foram amplamente difundidas as suas Canções Heroicas até à proibição pela Censura; e a fundação da revista Gazeta musical (1950). Em 1984, a Escola da AAM obteve o Paralelismo Pedagógico. Em 1998, foi a primeira escola de música do ensino particular e cooperativo a ter Autonomia Pedagógica. Desde 1938 a Academia de Amadores de Música está instalada na Rua Nova da Trindade.

Isabel Novais