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Horário

2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30

sáb.  09h30 - 17h30

 

 

 

 

 

 

 

 

EVENTO CANCELADO

O carácter experimental da obra gravada

de José de Guimarães

CONFERÊNCIA | 24 mar. '20 | 18h00 | Auditório | Entrada livre

A forma criativa e experimentalista como o artista incorpora os mais variados elementos a nível temático e material na execução das suas peças, constitui a componente estruturante da obra de José de Guimarães.

Artista polivalente, José de Guimarães desenvolve a sua obra na pintura, desenho, escultura, arte pública, tapeçaria, design e gravura, sendo em termos formais constituída por alfabetos resultantes do seu contacto com várias culturas, africana, mexicana, chinesa e japonesa.

José de Guimarães iniciou o seu percurso artístico como gravador, o que constituiu um fator estruturante para o desenvolvimento da sua obra plástica.

Nesta conferência, integrada na exposição Volta ao Mundo: obra gráfica de José de Guimarães, constituída por obras doadas pelo artista à Biblioteca Nacional, vamos cingir-nos à abordagem da sua obra gravada.

Este conjunto de trabalhos, que inclui também algumas matrizes, é representativo e abrangente de toda a sua obra gravada e nele podemos encontrar as variantes experimentalistas da sua abordagem criativa das várias técnicas utilizadas.

Ao longo de todo o seu percurso como gravador, José de Guimarães trabalhou nas técnicas de gravura em madeira, gravura em linóleo, águas-fortes, águas-tintas, litografia, serigrafia e boulders, sendo o único artista português a utilizar esta última. Em todas as técnicas, José de Guimarães revela um perfeito entendimento das suas capacidades expressivas, nunca as utilizando de forma subsidiária em relação a outras formas de expressão plástica, procurando sempre pelo contrário, ir para além do convencional, fazendo tiragens não ortodoxas nas quais a partir da mesma matriz experimenta vários tipos de tintagens, desde a gravura cega (impressão sem tinta) à utilização de variantes cromáticas, recorrendo também à intervenção das provas manualmente após a impressão com materiais não usuais como vidro moído por ex., obtendo desta forma obras únicas e um leque mais abrangente de soluções formais a partir das matrizes, em oposição à repetição de imagens iguais obtidas na tiragem convencional.

António Canau
Fevereiro de 2020


António Canau é professor de Desenho e Fotografia na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa; ensina Cultura da Edição Contemporânea/Vertente Livros de Artista no Mestrado de Práticas Tipográficas e Editoriais Compemporâneas, na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa; Investigador Efectivo do CIAUD (Centro de Investigação em Arquitetura Urbanismo e Design) da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa e Investigador Colaborador do CFCUL (Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa).