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sáb.  09h30 - 17h30

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Os rascunhos d’Os Degraus do Parnaso, de M. S. Lourenço

APRESENTAÇÃO | 9 dez ´19 | 18h00 | Auditório | Entrada livre

M. S. Lourenço (1936-2009) foi uma das figuras marcantes da segunda metade do séc. XX e do início do nosso século. Entre as suas publicações destaca-se o livro de ensaios Os Degraus do Parnaso cuja génese será apresentada nesta sessão.

O que há de comum à observação de prostitutas no caminho que liga Lisboa a Sintra, à análise da estrutura musical do poema «Tabacaria», de Fernando Pessoa, e à reflexão sobre um homem que urina para o Guadiana?

A resposta é: um dos mais importantes livros de ensaios portugueses do final do século passado, Os Degraus do Parnaso, de M. S. Lourenço (Lisboa, O Independente, 1991). Vencedor do prémio D. Dinis da Fundação da Casa de Mateus, o apreço que esta coletânea suscitou pode observar-se em reações como as de Luís Maio («a sua escrita é música para os nossos ouvidos»), de M. S. Fonseca («renova a crítica literária escrita em português»), de Miguel Tamen («notórios benefícios espirituais e sintácticos que se podem colher da (…) leitura [d’ Os Degraus do Parnaso]») ou de António Feijó («extraordinário livro»).

Por causa da circunstância feliz de se conservarem os cadernos que M. S. Lourenço usou para escrever os rascunhos destes ensaios, foi constituído um grupo de trabalho que ao longo do último ano procurou atingir, entre outros, os seguintes objectivos:
a) a digitalização integral dos três cadernos onde se encontram as versões manuscritas dos textos que fazem parte do livro: «Musikästhetik», sigla M (Biblioteca Nacional de Portugal, Espólio E62/205); «Harmonielehre | III | Skizzen», sigla H; e «Notizbuch | Ab | Sommersemester 1984», sigla N (os dois últimos propriedade particular).
b) a transcrição seletiva e conservadora das partes destes cadernos onde estão os rascunhos dos ensaios;
c) a elaboração de um manual de linguagem de marcação TEI/XML adaptado aos interesses do presente projeto;
d) a transcrição em TEI/XML de cada versão manuscrita de acordo com as orientações desse manual;
e) a descrição codicológica de cada um dos três cadernos;
f) o alojamento das imagens, das transcrições com marcação e das descrições numa plataforma digital;
g) a publicação, em regime de acesso livre, das imagens, das transcrições com marcações, dos estudos realizados pelos membros da equipa, bem como trabalhos preliminares à formalização do projeto, nessa plataforma.

Nesta primeira apresentação dos resultados alcançados pelo projeto será dada atenção ao modo como foi sendo construída a ideia fundamental d’ Os Degraus do Parnaso: a literatura é uma forma de música. Tendo este fim em vista serão mostradas e explicadas imagens dos cadernos de M. S. Lourenço que servem de ilustração ao seu método de escrever e de pensar.