Versão para impressão Enviar por E-mail
Save
mulheres_banner

 

 

Biblioteca Nacional de Portugal

Serviço de Actividades Culturais

Campo Grande, 83

1749-081 Lisboa

Portugal

 

Serviço de Relações Públicas
Tel. 21 798 21 6821 798 21 68

Fax 21 798 21 38
Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar

 

Horário

2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30

sáb.  09h30 - 17h30


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Literatura Escrita por Mulheres - Maris Ceh Moo: reafirmação étnica numa escritora indígena latino-americana

CICLO DE CONFERÊNCIAS | 21 nov. ´19 | 18h00 | Auditório | Entrada livre | Programa

Isabel Araújo Branco organiza a edição de 2019/2020 das conferências dedicadas a «Literatura Escrita por Mulheres», a terceira deste ciclo de encontros realizado no âmbito da linha de investigação «História das Mulheres e do Género», do CHAM-Centro de Humanidades NOVA.

A História tem vindo a ser escrita ao longo do tempo como um construto que generaliza a vivência humana através da padronização do e no masculino. História sem género, dir-se-ia, mas que afinal exclui as mulheres da história. A historiografia tem construído barreiras de análise cultural, social, religiosa e política que excluem as mulheres. 

Com coordenação de Maria Barreto Dávila, a linha de investigação «História das Mulheres e do Género», do CHAM pretende contrariar esta tendência e constituir-se como uma área de investigação inovadora e multidisciplinar.


Maris Ceh Moo:

reafirmação étnica numa escritora indígena latino-americana


Mergulharemos nas histórias, memórias e legados das literaturas escritas por uma escritora Indígena da América Latina, Maris Ceh Moo. Maris Ceh Moo é mexicana, escreveu X-Teya, u puksi’ik’al ko’olel (Teya, un corazón de mujer), que foi o primeiro romance escrito em idioma maia. O livro foi publicado numa edição bilíngue pela Dirección General de Culturas Populares (México), com a versão em maia e em castelhano. Antes das produções literárias de Maris, as publicações em língua maia só haviam trazido narrativas curtidas, como o conto, o poema, o mito e as lendas. Maris Ceh Moo queria mais liberdade com os personagens, tempos verbais e contextos. Teya, un corazón de mujer é o primeiro romance escrito por uma mulher em um dos idiomas indígenas do México e narra o assassinato de um militante comunista em Yucatán (México). A autora recebeu por essa narrativa o reconhecido Premio Nezahualcóyotl de Literatura en Lenguas Mexicanas. Procuraremos em nossas discussões contribuir para uma luta Internacional que dá visibilidade e protagonismos às mulheres indígenas, especialmente enquanto escritoras de obras literárias que possibilitam reafirmar as suas etnicidades.

Juciene Ricarte Apolinário: Possui graduação em História pela Universidade Estadual da Paraíba (1993), mestrado em História do Brasil pela Universidade Federal de Pernambuco (1996) e doutorado em História pela Universidade Federal de Pernambuco com Bolsa da CAPES no Brasil e no Exterior (Portugal -Universidade do Porto) (2005). Participou como pesquisadora de tratamento arquivístico e histórico do Projeto Resgate Barão do Rio Branco/MINC durante nove meses em Portugal com Bolsa do CNPq de Aperfeiçoamento no Exterior e Bolsa da Sociedade Goiana de Cultura. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Campina Grande – PB. Professora Dra. do Programa de Pós-Graduação em História da UFCG (Mestrado). Desenvolve projeto histórico-documental Catálogo Geral de Documentos de História Indígena e Escravidão Negra financiado pela Petrobrás. Publicou livros individuais e em coletâneas. Ë investigadora correspondente do Centro de História de Além-Mar , Lisboa – PT. Tem experiência na área de História, com ênfase na História do Brasil Colonial e Imperial: atuando principalmente nos seguintes temas: História Indígena, História Ambiental , Questões Étnicas, Escravidão Negra, Patrimônio Cultural, Patrimônio Documental, Cultura e Identidade.