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Biblioteca Nacional de Portugal

Serviço de Actividades Culturais

Campo Grande, 83

1749-081 Lisboa

Portugal

 

Serviço de Relações Públicas
Tel. 21 798 21 6821 798 21 68

Fax 21 798 21 38
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Horários

 

Até 16 jul.:

2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30

sáb.  09h30 - 17h30

 

De 17 jul. a 14 set.:
2.ª - 6.ª: 9h30 - 17h30

 

 

Convite / Cartaz

 

Folha de sala

 

Visitas guiadas

23 maio | 18h00 – por João Pardal Monteiro e Sofia Diniz
27 jun. | 18h00 – por João Paulo Martins e Sofia Diniz
4 jul.| 18h00 – por João Pardal Monteiro, João Paulo Martins e Sofia Diniz

25 jul.| 17h30 / Aviso: visita cancelada – por João Pardal Monteiro, João Paulo Martins e Sofia Diniz

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Apoio: 



Do Convento ao Campo Grande

Biblioteca Nacional de Portugal 1969-2019

EXPOSIÇÃO | 30 abr. - 15 nov. '19 | Nova sala de leitura | Entrada livre
ABERTA DIA 22 DE SET., DOMINGO, NO ÂMBITO DA OPEN HOUSE LISBOA 2019 | Entrada livre

Em 1837, a Biblioteca Nacional foi instalada no antigo Convento de São Francisco, ao Chiado, na sequência da extinção das ordens religiosas. Dos conventos de todo o país chegavam coleções de livros, móveis, pinturas, instrumentos científicos, que se juntavam aos acervos iniciais, provenientes da antiga Real Mesa Censória e de importantes doações particulares.

A desadequação do lugar era evidente. Com depósitos improvisados, condições insatisfatórias para os serviços, espaços exíguos para o público, a Biblioteca estava muito longe de cumprir a sua missão como instituição cultural fundamental do país. Por concretizar ficaram sucessivos projetos de remodelação do espaço, e a intenção de se construir um novo edifício, anunciada em 1920, quando Jaime Cortesão era o seu diretor.

Em 1951, já sob a direção de Manuel dos Santos Estevens (1913-2001), foi finalmente iniciado o processo que havia de resultar na nova Biblioteca Nacional, integrada na Cidade Universitária de Lisboa, na proximidade das faculdades de Direito e de Letras, da Reitoria e do Hospital Escolar de Santa Maria. Elaborou-se então um detalhado programa funcional, informado pelas melhores práticas internacionais do momento, a partir da bibliografia disponível e de viagens de estudo especialmente realizadas para esse fim.

O arquiteto Porfírio Pardal Monteiro (1897-1957) foi contratado, em 1952, para conduzir o projeto de arquitetura, continuado por António Pardal Monteiro (1928-2011), a partir de 1957. Uma equipa multidisciplinar de jovens projetistas – infraestruturas técnicas, paisagismo, interiores e mobiliário – foi reunida no Ministério das Obras Públicas, sob a coordenação da Delegação das Novas Instalações para os Serviços Públicos (DNISP). Para o desenvolvimento do mobiliário e equipamento foram chamados profissionais com experiência recente nessa área.

O arquiteto José Luís Amorim (1924-1999) deu provas da sua capacidade de sistematização e de racionalização no projeto dos depósitos e, sobretudo, no das salas de trabalho dos serviços, combinando as exigências de funcionalidade e de hierarquia. O designer Daciano da Costa (1930-2005) ficou responsável pela arquitetura de interiores e mobiliário dos ambientes mais representativos: as salas da direção e os principais espaços de público (catálogo, leitura geral, restaurante, auditório). O desenho para algumas peças complementares ficou a cargo do arquiteto Manuel João Leal (1925-2017).

Com uma intervenção permanente e minuciosa em todo o processo, o Diretor da BN participou ativamente na recolha de informação, na avaliação e discussão das soluções; em diálogo constante com os projetistas, prestando atenção aos detalhes mais ínfimos, zelando pela garantia da funcionalidade e da representação hierárquica, esgrimindo os seus argumentos para a definição da imagem da instituição. Cada função, cada utilizador, cada ocasião – sala a sala, móvel a móvel – receberam atenção, com a preocupação de criar condições adequadas para o trabalho, de materializar um sentido de rigor e de ordem.

A operação de mudança para as novas instalações foi programada de forma detalhada, de modo a garantir a segurança e a integridade de todo o acervo. Por fim, em 10 de abril de 1969, a nova Biblioteca Nacional era inaugurada.

Em 50 anos de vida deste edifício, o esforço para adaptação às condições do presente tem sido incessante. A ampliação dos depósitos, prevista desde os primeiros momentos, concretizou-se, entre 2008 e 2012, no prolongamento da Torre de Depósitos e na construção de uma casa-forte e da sala onde esta exposição se realiza. Esta que foi a primeira grande obra de remodelação do edifício da BN incluiu um investimento fundamental na renovação de todas as instalações técnicas necessárias à segurança e conservação das coleções, segundo os melhores padrões da atualidade.

A exposição Do Convento ao Campo Grande resulta de uma parceria entre a Biblioteca Nacional de Portugal e o Centro de Investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, colaborando com o propósito de cumprir a missão da Biblioteca: construir e preservar patrimónios, estudar e divulgar a memória e a identidade coletivas.