Biblioteca Nacional de Portugal
Serviço de Actividades Culturais
Campo Grande, 83
1749-081 Lisboa
Portugal
Informações
Serviço de Relações Públicas Tel. 21 798 21 68
Fax 21 798 21 38
Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar
Horário
2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30
sáb. 09h30 - 17h30
Folha de sala
Cartaz
Apoio:
|
David de Sousa (1880-1918)
DESTAQUE | 3 - 29 dez. '18 | Sala de Referência | Entrada livre
Mostra evocativa do centenário da morte de David de Sousa, compositor nascido na Figueira da Foz, em 1880.
David de Sousa concluiu o curso de violoncelo no Conservatório de Lisboa, em 1904, e estudou no Real Conservatório de Música de Leipzig, entre 1907-8. Desenvolveu uma intensa atividade artística no estrangeiro como maestro, violoncelista e compositor, principalmente na Rússia, Áustria e Inglaterra.
Regressou a Portugal em 1913, tendo fundado e dirigido uma orquestra sinfónica sediada no Teatro Politeama, em Lisboa. O primeiro concerto realizou-se a 7 de dezembro desse ano e a Orquestra passou a rivalizar com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por Pedro Blanch, no Teatro da República (1911-1928). Os concertos de ambas realizavam-se aos domingos à tarde, à mesma hora, patrocinadas pelos empresários dos respetivos teatros. Dada a visibilidade das suas temporadas, originou-se uma divisão entre “davidistas” e “blanchistas”, que provocou uma acesa discussão pública patente em vários periódicos da época, como O Século e a Arte Musical.
Após a sua morte, a direção da orquestra que fundou foi assumida por Vianna da Motta, passando a designar-se Orquestra Sinfónica de Lisboa, o que terá levado alguns autores a atribuir esta designação à orquestra durante o seu período de regência.
Enquanto diretor de orquestra desempenhou um papel importante na divulgação de um repertório sinfónico até então desconhecido em Portugal, especialmente de música de cunho nacionalista (russa, francesa, portuguesa). Foi professor de violoncelo e da classe de Música de Orquestra do Conservatório Nacional. Compôs uma centena de obras, com destaque para a Rapsódia Eslava, os poemas sinfónicos Babilónia e Inês, e Cantares Portugueses. O seu estilo musical enquadra-se num romantismo tardio de influência alemã. O seu espólio encontra-se depositado na Biblioteca Pública Municipal Pedro Fernandes Tomás e no Museu Municipal Santos Rocha, na Figueira da Foz.
|