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A Arquitetura e o Inconsciente

COLÓQUIO | 14 nov. '18 | 10h00 | Auditório | Entrada livre

A Psicanálise desenvolveu o seu corpo disciplinar a par com o processo experimental das vanguardas, cruzando-se sistematicamente com a construção teórica associada à Arquitetura Moderna. A ideia de um mundo novo para o homem novo potenciou, tanto do lado da Arquitetura, como do lado da Psicanálise, um aprofundamento ontológico capaz de harmonizar a rutura imposta pela Modernidade com o passado que ficara para trás. Neste processo, conceitos, como o ‘habitar’, a ‘casa’, a ‘memória’, o ‘corpo’ ou a ‘proteção’, são partilhados por ambas as disciplinas, permitindo traçar bases para o enquadramento das subjetividades inerentes às relações entre indivíduos e entre estes o meio em que se inserem, ou que interiorizam.  Ainda que mutuamente se citando nos conceitos e nas metáforas que delimitam ambos os campos disciplinares, Arquitetura e a Psicanálise têm prosseguido sem verdadeiramente se encontrarem, como uma dupla espiral que evolui em paralelo.

Todavia, o intervalo entre esses dois eixos tem-se revelado muito rico, explorado por várias disciplinas que a ambas recorrem: a pintura e a escultura, a música e a dança, o teatro e o cinema, a filosofia e a literatura, as tecnologias e as artes da paisagem, explorando as metáforas equívocas, os modos múltiplos de corporeidade e de intimidade, a densidade dos lugares, dos ambientes e dos horizontes.

O encontro A Arquitetura e o  Inconsciente pretende pensar esta estranha convivência da Arquitetura  e da Psicanálise na nossa contemporaneidade, os modos fecundos da distância entre ambas, mas também os da indireta alusão ou recurso, seja em cada um delas, seja através de outras disciplinas. Declina-se em quatro temas, correspondente cada um a uma sessão de debate, na qual a apresentação de um arquiteto reconhecido será discutida por um painel com a presença de psicanalistas,  artistas e especialistas de outras disciplinas: A Dupla Hélice (John Shannon Hendrix), que visa debater o percurso histórico da Arquitetura e da Psicanálise desde o início do Seculo XX; Fisicalidades e Intimidades (Manuel Aires Mateus), sobre a multiplicidade das experiências do corpo, das emoções e da cognição que as obras de Arquitetura convocam; Metáforas Equívocas (João Mendes Ribeiro), em torno dos modos como ambas as disciplinas são usadas pelas artes, por exemplo, na dança, na  cenografia e nos figurinos; e, por fim, Céu e Terra (João Ferreira Nunes), sobre a densidade de níveis, sinais e referências que a Arquitetura gera na organização dos espaços.

Ainda que tenha como público privilegiado os arquitetos e estudantes de arquitetura, os psicanalistas e psicólogos, pensamos que o encontro possa vir a ter interesse para artistas e especialistas de artes plásticas e performativas, cientistas sociais e humanos, e o público em geral.

Comissão Organizadora:

Dulce Loução (CIAUD/FA, Universidade de Lisboa)
Jorge Croce Rivera (CHAIA/Universidade de Évora)
Paulo Tormenta Pinto (Dinamia-CET/ISCTE, IUL)
Nuno Monteiro (SPP)
Rosário Belo (AP)
Teresa Heitor (CiTUA/IST, Universidade de Lisboa)