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2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30

sáb.  09h30 - 17h30

 

 

Folha de sala

 

Cartaz

 

Palestras «O pensamento poetante»
Jornada de estudos sobre Giacomo Leopardi

 

Il giovane favoloso, de Mario Martone

Estreia: 17 nov. | 19h00 | Cinema Medieia Monumental

 

 

 

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Apoio: 


Giacomo Leopardi (1798-1837) e o seu legado

DESTAQUE | 5 - 30 nov. '18  | Sala de Referência | Entrada livre

Esta mostra assinala o 220.º aniversário do nascimento do poeta italiano Giacomo Leopardi e procura refletir sobre o seu legado literário e sobre a receção da sua obra em Portugal e no Brasil.


Giacomo Leopardi nasceu em 1798 na vila de Recanati, nas Marcas, território então pertencente aos Estados Pontifícios. Foi o primeiro dos sete filhos do conde Monaldo, homem de ideais reacionários, arruinado após as invasões napoleónicas, e da marquesa Adelaide Antici, católica fervorosa e governanta da casa. Giacomo, à semelhança dos irmãos Carlo e Paolina, foi educado na «escola doméstica» do pai, ao cuidado dos jesuítas Torres e Sanchini, que lhe forneceram uma sólida formação nos domínios das línguas clássicas, da teologia, da filosofia, e ainda importantes rudimentos na área das ciências.


Tendo à sua disposição a riquíssima biblioteca paterna, aos dez anos, Giacomo torna-se «senhor dos seus estudos», redigindo os seus primeiros textos em poesia e em prosa, tanto em italiano como em latim, entre os quais se destacam La morte di Ettore, o Inno a Nettuno, as Odae Adespotae e a Storia dell’Astronomia. Ao mesmo tempo, dedica-se à tradução dos clássicos antigos – como a Batracomiomachia, a Ars poetica de Horácio, os idílios de Mosco, as obras de Marco Cornélio Frontão, o segundo livro da Eneida e o poemeto Moretum de Virgílio – e à filologia grega e latina.


Em 1817 entra em contacto com o escritor Pietro Giordani, seu primeiro amigo e admirador. Começa também a trabalhar nos primeiros apontamentos do conjunto que, após publicação póstuma (1898-1900), virá a ser conhecido como Zibaldone (Pensieri di varia filosofia e di bella letteratura), obra que irá ocupar o poeta até 1832. Entre 1817 e 1821, compõe o importante Discorso di un italiano intorno alla poesia romantica (inédito até 1906), e redige os primeiros «idílios», entre os quais Il primo amore e L’infinito, e algumas canções de matriz «civil», como All’Italia, Sopra il monumento di Dante e Ad Angelo Mai. Estes últimos poemas confluirão posteriormente no volume das dez Canzoni (Bolonha: Nobili, 1824). Após um período em que se divide entre Bolonha e Milão, publica ainda os Versi (Bolonha: Stamperia delle Muse, 1826) e a primeira edição das Operette morali (Milão: Stella, 1827). Depois de um curto regresso a Recanati, muda-se para Pisa, e a seguir para Florença. Na cidade toscana publica a primeira edição dos Canti (a edição Piatti, em que se juntam algumas composições do volume das Canzoni, parte das que foram recolhidas nos Versi, e mais algumas do período «pisano-recanatese»), iniciando com o jovem Antonio Ranieri o «sodalício» que durará até à morte do poeta. Com Ranieri, Leopardi parte, em setembro de 1833, para Nápoles, cidade onde, à exceção de alguns meses passados na localidade próxima de Torre del Greco, se fixará durante os últimos anos de vida. Datam deste período as novas edições das Operette morali (1834) e dos Canti (Starita, 1835), e ainda a redação do capítulo satírico I nuovi credenti e a organização definitiva do volume dos Pensieri, redigidos e coligidos, muito provavelmente, entre 1831 e 1835, embora tenham ficado inéditos durante a vida do autor.


Leopardi morreu a 14 de junho de 1837, em Nápoles, onde está sepultado.


A mostra, que apresenta traduções portuguesas e brasileiras, é comissariada por Andrea Ragusa e Andréia Guerini (UFSC-CNPq) e resulta de uma parceria entre a Biblioteca Nacional de Portugal, o Instituto Italiano de Cultura, o IELT, o IFILNOVA, o Instituto de Estudos Italianos (FLUC) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

 

 

 

 

 

Cabeçalho: pormenor de manuscrito do poema L'Infinito (1819)