Print E-mail
reverso2_banner

 

 

Biblioteca Nacional de Portugal

Serviço de Actividades Culturais

Campo Grande, 83

1749-081 Lisboa

Portugal

 

Informações

Serviço de Relações Públicas
Tel. 21 798 21 68

Fax 21 798 21 38

This e-mail address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it

 

Horário

2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30

sáb.  09h30 - 17h30

 

 

Visitas guiadas
por Jorge Croce Rivera
e Mariano Piçarra
25 nov. | 10h00
12, 20 e 28 dez.. | 10h00

10,17 e 24 jan. | 10h00
Entrada livre / This e-mail address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it

 

 

Lançamento
Teoria do Ser e da Verdade - tomo III
Obras de José Marinho

 

Folha de sala

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apoio: 


Reverso, o Mesmo e o Outro.
34 fotografias de Mariano Piçarra

LANÇAMENTO | 26 out. '16 | 18h00 | Auditório | Entrada Livre

EXPOSIÇÃO | 26 out. '16 - 24 jan. '17 | Sala de Exposições | Entrada Livre

Reverso, o Mesmo e o Outro constitui, depois de Grave, mostra que decorreu no Arquivo Municipal de Fotografia de Lisboa em setembro de 1999, um segundo encontro da fotografia de Mariano Piçarra com o pensamento de José Marinho (1904-75). As fotografias são inspiradas em textos do autor, selecionados e tratados por Jorge Croce Rivera. A inauguração da exposição é antecedida do lançamento do Tomo III da Teoria do Ser e da Verdade, Vol. IX das «Obras de José Marinho» (Imprensa Nacional-Casa da Moeda), que reúne o extenso conjunto de textos inéditos ilustrativos das diferentes versões dos capítulos da obra de José Marinho, com apresentação por António Braz Teixeira.


Figura singular da cultura portuguesa do Século XX, José Marinho desenvolveu uma funda meditação sobre a consciência de ser, as questões metafísicas últimas e as possibilidades éticas do pensar e agir humanos, que o conduziram, na sua obra maior, a Teoria do Ser e da Verdade,  publicada em 1961, mas que o demorou cerca de trinta anos a redigir, a reconsiderar os temas maiores do pensamento filosófico europeu e a conceber uma nova denominação de “espírito” como “insubstancial substante”.

Apesar de ter publicado em vida um pequeno número de livros e ensaios, a organização nos últimos anos do seu vasto espólio, a maior parte composto por manuscritos inéditos, e integrado no  Arquivo de Literatura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional de Portugal, tem possibilitado largar o entendimento da sua rarefeita meditação ontológica através da publicação das suas obras, éditas e inéditas, pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

Enquanto em Grave (1999), as fotografias de Mariano Piçarra, de formato analógico e a preto e branco, encontraram inspiração nos textos de Marinho escritos na sua  juventude entre 1924 e 32, reunidos no volume Aforismos sobre O Que Mais Importa, na exposição Reverso, o Mesmo e Outro, as fotografias, a cores e em formato digital, remetem para os textos autobiográficos e aforismos da maturidade, que o filósofo redigiu após a publicação da Teoria do Ser e da Verdade, recentemente reeditada, em três tomos, com extenso material inédito.


O retorno aos aforismos e aos textos breves, a junção do apontamento aparentemente circunstancial à mais funda injunção reflexiva, marca a fase derradeira do pensamento especulativo do filósofo, que concebeu reunir os numerosíssimos textos sob várias denominações, “Aforismos II”, “Aforismos e Anomias”, “Da Assunção do Nada para a Liberdade Divina”, num projeto de livro que não logrou realizar, ainda que alguns desses textos tenham sido publicados em páginas literárias, permanecendo todavia a maior parte deles inéditos.

Integrando a nova exposição algumas das  imagens de Grave, inseridas num dispositivo que as envolve e reverte, também Reverso, o Mesmo e o Outro retoma o diálogo entre as fotografias e a poética meditativa, entre os manuscritos e a sua transcrição critica, num jogo em que a escrita faz descobrir a dimensão pensante da imagem e a fotografia o liame imaginal do pensar.

Mariano Piçarra
Licenciado em Design de Equipamento pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, (1983), é, desde 1993, Professor Convidado na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Enquanto fotógrafo, apresentou os seus trabalhos em  diversas exposições, como Carneiro,  Ether / Cenotáfio, Mãe de Água, Lisboa, 1993;  Livro de Viagens / Portugiesische Photographie, 1854-1997, Frankfurter Kunstverein, Steinernes Haus am, Romerberg, Frankfurt, 1997 e Grave, Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa, Lisboa, 1999. Tem exercido uma intensa atividade de designer, sobretudo na Fundação Calouste Gulbenkian, sendo responsável pela conceção de  diversas exposições, de que se destacam A Perspetiva das Coisas - A Natureza-Morta na Europa, Séc. XIX/XX, Museu Calouste Gulbenkian, 2011;  360º Ciência Descoberta, Museu Calouste Gulbenkian, 2013 e A História Partilhada – Tesouros dos Palácios Reais de Espanha, Museu Calouste Gulbenkian, 2014.  Recebeu, em 2015, o Prémio Pádua Ramos - Design de interiores, promovido conjuntamente pelo Ministério da Economia e Inovação e pela  Secretaria de Estado da Cultura  para celebrar o Ano Português do Design. A sua obra é referida na bibliografia da especialidade:

Sena, António - Uma História de Fotografia, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, pp 133/141, 1991;
The Oxford Companion to the Photograph, Oxford & New York, Oxford University Press, Lenman, Robin (ed.), pp. 500, pp. 516/517, 2005;
Serém, Maria do Carmo – A Arte Portuguesa da Pré-História ao século XX, A Fotografia em Portugal, Lisboa, Fubu Editores-SA, pp. 75/78, 2009.

 

Jorge Croce Rivera
Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia (Lisboa) da Universidade Católica Portuguesa (1983), mestre em Filosofia em Portugal pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa (1990),  doutorou-se em Filosofia na Universidade dos Açores (1999). É atualmente Professor da Universidade de Évora, exercendo docência em diversos cursos de mestrados e doutoramento desta universidade. Organizador do espólio do filósofo José Marinho (1904-75), depositado na Biblioteca Nacional de Portugal, é igualmente o responsável pela edição das “Obras de José Marinho”, em curso de publicação pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda.