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Vizela - anos 20
O rural minhoto a par das Termas no olhar de um fotógrafo amador

LANÇAMENTO | 10 nov. '16 | 18h30 | Auditório | Entrada livre

 

 

A obra de Luísa Villarinho Pereira é apresentada na Biblioteca Nacional de Portugal por Pedro Aboim Borges.

 

 

Desde a descoberta de Nicéphore Nièpce (1765-1833) melhorada pelo seu sócio Louis-Jacques-Mandé Daguerre (1789-1851) e apresentada em Paris por Louis Arago, em 1839, a captação da imagem revolucionou o mundo da Arte e da Comunicação e dotou a Ciência de meios complementares, nomeadamente na área da Medicina. Vários médicos entusiastas desta nova modalidade dedicaram-se, não só ao seu conhecimento técnico, como a realizar verdadeiras obras-primas na Arte Fotográfica.

Salvador Villarinho Pereira (1879-1948), ginecologista obstectra licenciado pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, em 1906, com consultório e residência no Chiado lisboeta, cedo aprendera as técnicas da Fotografia, vindo a preferir os acetatos pela chapa de vidro que oferecia maior exatidão na imagem.


No início do século XX, em Lisboa foram realizados vários encontros de Fotografia. Em Junho de 1913, na Associação de Arte Photographica foi inaugurada a “Primeira Exposição de Photographia Directa das Cores”, onde Villarinho Pereira apresentou 4 autochromes. Três anos mais tarde, em Dezembro de 1916, na Sociedade Nacional de Belas Artes, participou com brometos e cyanotipia na “I Exposição Nacional de Fotografia”, ao lado do amigo Fernando Carneiro Mendes (1893-1976), com quem viria a fotografar as Termas de Vizela. As novas modalidades da Esteroscopia e da Autocromia ofereciam então apelativas opções na captação da imagem.


A Colecção Fotográfica realizada por Villarinho Pereira, nos anos de 1917-20, na modalidade de estereoscopia e alguns brometos, constitui hoje uma memória expressiva das Termas e do meio rural próximo, não faltando uma breve incursão no mundo industrial. Neste trabalho fotográfico visualizamos um amplo conhecimento técnico nos matizes da luz e na escolha dos enquadramentos, bem como rara sensibilidade poética e artística que imortalizou os mais belos recantos de Vizela. O rural, integrado no meio cosmopolita das Termas, oferecia então um deslumbrante desafio ao fotógrafo-amador.


Decorrido quase um século, esta memória fotográfica recorda a época áurea das Caldas de Vizela, ainda integradas no Concelho de Guimarães, assinalando aspectos da indústria local e os encantos do meio rural minhoto a par do luxo dos Casinos e do recreio da canoagem, no frondoso Parque das Termas de Vizela.

Luísa Villarinho Pereira