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Biblioteca Nacional de Portugal

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Horário

2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30

sáb.  09h30 - 17h30

 

Folha de sala

 

Visitas guiadas
por Maria Adelina Amorim
2 / 7 / 16 / 21 nov. | 17h00
6 / 12 / 19 dez. | 17h00
11 jan. | 17h00

Entrada livre / Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar

 

 

Conferências Belém do Pará

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apoio: 


Da Feliz Lusitânia à Felix Belém
400 anos da fundação de Belém do Pará

EXPOSIÇÃO | Inauguração: 12 out. '16 | 18h30 | Galeria do Auditório | Entrada Livre / até 16 jan. '17

Em 2016 celebram-se os 400 anos da fundação da cidade de Belém do Pará, atual capital da Região Metropolitana de Belém, no Estado do Pará/ BRASIL, a maior cidade da linha do Equador.

 

Na sequência da expulsão dos Franceses, que tinham ocupado a região Norte do Brasil - França Equinocial - uma expedição capitaneada por Francisco Caldeira de Castelo Branco parte de São Luís do Maranhão e funda a 12 de Janeiro de 1616, a primeira povoação no interior da Amazónia.

 

Situada na Baía do Guajará, nas margens do rio Guamá, Amazonas, o núcleo primacial é baptizado como Feliz Lusitânia, na senda da mitografia identitária luso-brasileira ao longo dos tempos. Edificado o Forte do Castelo, rebaptizado como Forte do Presépio – marca do tempo do calendário litúrgico de então –, a pequena urbe adoptou, entretanto, as designações de Santa Maria do Grão-Pará, Santa Maria de Belém do Grão-Pará e, finalmente, Belém.

 

A partir do consulado pombalino, passou a capital do Estado do Grão-Pará e Maranhão, o mais importante centro económico da época, esgotados que estavam os “fumos da Índia”, o pau-brasil, o ouro e os diamantes das Minas Gerais. Era o tempo das «drogas do sertão», espécies vegetais extraídas da floresta amazónica,  com destaque para o cacau, produto motriz da economia-mundi de finais de Setecentos.

 

Desde Belém, partiu, ainda no Século XVII, o Capitão Pedro Teixeira, demarcando em nome do monarca de Portugal todo o território da Amazónia até ao Perú, e definiu praticamente as fronteiras Norte do Brasil contemporâneo.

 

Mais tarde, pela necessidade de renegociar as fronteiras, foram enviadas missões de demarcação, onde se inclui a de Alexandre Rodrigues Ferreira e a sua Viagem Filosófica. É desse período, a influência de artistas italianos, com destaque para Giuseppi Landi, que transforma a velha Belém numa espécie de Bolonha nas Américas.

 

Passava-se do burgo inicial - a «Cidade Velha» - de características urbanas e arquitectónicas de marca portuguesa para uma urbe «ao gosto italiano».

 

No período da borracha, Belém transforma-se numa cidade ao estilo francês da Belle-Époque, com a construção de edifícios como o Theatro da Paz, que a par do velho Mercado de Ver-o-Peso constitui uma principais  referências urbanas.

 

A cidade e o seu entorno cresceu a partir da sua população de origem – os índios – , a que se juntaram europeus e africanos no período colonial, e sucessivas vagas de emigrantes orientais em períodos posteriores.

 

Todos esses segmentos sociais e culturais diferenciados, fizeram de Belém do Pará uma sociedade multicultural, inter-religiosa e sincrética, reflectidas na variedade de manifestações artísticas e de múltiplas expressões de espiritualidade, com epígono no Círio da Nazaré, património cultural da Humanidade.

 

A Exposição divide-se em quatro núcleos fundamentais que reflectem os principais períodos da história e da vida da cidade e do Estado do Pará: I. Na Selva Selvaggia, a Feliz Lusitânia; II. Gran Pará: para Além dos Limites; III. A Belle Époque em Belém: do Fausto e do Fastígio; IV. Felix Belém: Ver-a-Cidade.

 

Maria Adelina Amorim

Comissária