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Mostra
Nos 80 anos d'O Mosquito

 

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Homenagem a José Garcês nos 80 anos d'O Mosquito

SESSÃO | 30 mar. '16 | 17h30 | Auditório BNP | Entrada livre

Integrada nas comemorações dos 80 anos d'O Mosquito, a sessão é uma homenagem ao autor de BD e ilustrador José Garcês, que iniciou a sua carreira n'O Mosquito em 1946. Assinala-se, assim, 70 anos de carreira de José Garcês, que completará em breve 88 anos de idade.

São oradores José Ruy e António Martinó de Azevedo Coutinho, o primeiro sobre o início da carreira do homenageado na revista O Mosquito e o segundo sobre os seus 70 anos de atividade. José Garcês faz também uma intervenção, após a qual guiará uma visita aos seus trabalhos, inseridos na mostra Nos 80 anos d'O Mosquito.

José dos Santos Garcês nasceu a 23 de Julho de 1928. O seu itinerário como desenhador começa quando ainda era muito novo, ao criar em finais de 1944 O Melro, algo que hoje descreveríamos como um fanzine. Seria uma publicação de exemplar único, destinado a ser alugado entre os colegas. Deu os primeiros passos nas artes gráficas ao trabalhar para a revista O Pluto, editada por Roussado Pinto, onde se ocupou de retoques e adaptações de algumas histórias estrangeiras. Em outubro de 1946 encontra-se já a colaborar na revista O Mosquito que a partir do nº 762 (12/10/46) publica a sua história “Inferno Verde”. A partir daqui a sua carreira é veloz em acontecimentos e nos trabalhos que lhe são pedidos.

É impossível enumerar neste espaço tudo o que José Garcês criou, pelo que vamos apenas mencionar alguns exemplos  notando, no entanto, que todos merecem atenção e foram de uma maneira geral importantes para a banda desenhada portuguesa. Criou quatro histórias para a 1ª série de O Mosquito, publicadas a partir de 1946 (há setenta anos, portanto). Publicou uma aventura em O Papagaio, seguindo-se mais três no Camarada de 1948/1950. Criou diversas obras para a revista Lusitas, entre 1950 e 1956 e na Fagulha que lhe sucedeu, onde colaborou até 1974 publicando várias dezenas de obras. Algumas dessas histórias são obras de fôlego e de grande aceitação por parte dos leitores, destacando-se entre as publicadas no Cavaleiro Andante, o “Viriato” e “O Falcão”. Zorro recebe dois trabalhos seus em 1964 e em 1968 colabora para o Pisca-Pisca.  No campo dos suplementos de jornais e revistas salienta-se as suas histórias para a Joaninha, suplemento da revista feminina Modas e Bordados e também para a própria revista.

Mas se as revistas de banda desenhada com histórias de continuação se iam extinguindo, os álbuns com histórias completas tinham um mercado em crescimento e foi a altura de o artista se debruçar sobre ele, executando uma série de obras desde 1987 até hoje. Uma faceta sua um pouco desconhecido do grande público, foi o de criar uma série de Separatas e Construções de Armar de excecionais qualidades artisticas, que seriam vendidas à parte ou como oferta nas revistas  de Banda Desenhada.

Depois que se inicia na Banda Desenhada e ao mesmo tempo que trabalhava no Serviço Nacional de Meteorologia, José Garcês emprestava a sua arte a muitas outras iniciativas, incluindo a ilustração de livros escolares e infantis, as vinhetas para os concursos do jornal O Século, os cromos de que é particularmente notável a “História de Portugal” publicada pelo Instituto da Cultura e Língua Portuguesa, a monografia sobre uniformes militares portugueses ilustrada para o Ministério da Defesa, os postais sobre o mesmo tema criados para os CTT, as carteiras de fósforos... A parte didática e o ensinamento da banda desenhada também não foram esquecidos.

 

O Clube Português de Banda Desenhada